31.10.07

 



Participei hoje do Eclesiocom 2 - sob os auspícios da Universidade Metodista e Unesco - com evento sendo realizado no Mackenzie, sob a coordenação da Ana Cláudia Endo. No nosso painel, à mesa estavam, além deste que vos escreve, Sérgio Pavarini - do Pavablog, Whaner Endo da W4 e do Forum do Cristianismo Criativo e o professor Fábio Botelho Josgrilberg da Universidade Metodista.
O 2º Colóquio de Comunicação Eclesial era sobre a Comunicação Religiosa nas Comunidades - e coube ao nosso grupo discutir o lado virtual.
Vou disponibilizar os slides da minha participação (ao longo do feriado - ok!?), mas antes um adorno complementar pois uma das discussões e pontos de interesse era acerca do significado e importância dos blogs frente à MSM (Main Stream Media - ou seja os Principais Veículos de Comunicação). Tiramos do Sifry Alerts - baseado principalmente nas estatísticas do Technorati (tê simples no final). O Technorati basicamente monitora 70 milhões de blogs. A importância de um site ou blog é medido em larga escala pelo volume de linkagem atribuido como fonte (da mesma maneira que fiz acima para que o leitor vá conferir no nascedouro). Veja o ranking do último trimestre de 2007:
1. NY Times
2. CNN
3. News Yahoo
4. MSNBC.MSN
5. BBC
6. Guardian
7. LA Times
8. ABC News
9. Time
10. Asahi
11. Boston
12. AT Newz
13. Fox News
14. Forbes
15. NPR
16. News
17. CBS News
18. RNK
19. Engadget (blog)
20. Slashoot
21. Money CNN
22. Boing Boing (blog)

Como mencionei, e corrigindo, o Boing Boing é o número dois (e não número 1) como blog puro.
O tema da minha participação foi: Os loucos tomam conta do hospício.

30.10.07

 

Uma Revolução Inevitável


Esqueça controle e comando.


Esqueça 'top-down'.


Esqueça hierarquia rígida.


Esqueça programas preparados, planejados, bem arrumados.


Esqueça liderança baseada em autoridade abstrata.


Esqueça eu-me-escondo-de-você-e-fico-numa-boa.


Esqueça todas as coisas que fizeram o mundo chegar a ser como era, e hoje não é mais.


O vento vai soprar do jeito que quer e as mudanças chegarão. E a revolução não será televisionada.

28.10.07

 

Ventos de mudança


Há ventos de mudança no meio evangelical norte-americano. Após a morte de James Kennedy e Jerry Falwell, parece - tão somente parece - que o sopro vai mudar a direção da biruta.

O New York Times - um dos mais influentes jornais do mundo trás em artigo aqui, cujo título pode ser traduzido por O Racha Evangelico.

Muitas peças de carne e osso estão se mexendo nesse tabuleiro de xadrez.


There are many related ways to characterize the split: a push to better this world as well as save eternal souls; a focus on the spiritual growth that follows conversion rather than the yes-or-no moment of salvation; a renewed attention to Jesus’ teachings about social justice as well as about personal or sexual morality. However conceived, though, the result is a new interest in public policies that address problems of peace, health and poverty — problems, unlike abortion and same-sex marriage, where left and right compete to present the best answers.


Aparentemente a nova liderança (menciona-se Warren e Hybels) está levando para o centro da influência as questões de salvação e de melhora do nosso mundo. E abandonando o bonde do Partido Republicano - tanto pela decepção com Bush, como pela falta de alternativas no manequim cristão ortodoxo. As roupas parecem não caber nos 'top runners' - os melhores candidatos da direita. Rudolph Giuliani, o primeiro colocado nas pesquisas republicanas é duas vezes divorciado e casado três, apoia o casamento gay e é 'pro-choice' (ao invés de pró-vida contra o aborto). O segundo colocado é Mormon, e o terceiro é meio político e meio ator - onde Hollywood não é ambiente muito 'santo' assim ...

O artigo menciona inclusive que o novo presidente da Convenção Batista do Sul Pastor Frank Page, em seu discurso para os convencionais na eleição, onde sua denominação deveria mudar: somos mais conhecidos por aquilo a que nos opomos, do que por aquilo que propomos (o Evangelho).

O artigo continua mais adiante, dizendo que os novos evangélicos não encaram a sociedade como um barco moribundo, mas que a fé tem a ver (após nascer de novo) com o aqui e o agora.

Para que nós aqui do Sul saibamos, o artigo argumenta que Hybels trouxe Jimmy Carter para compartilhar suas preocupações, no último Summit (a grande conferência televisada que aqui no Brasil temos em video tape com certo atraso). Isso parece que foi o último prego no caixão.

Creio pessoalmente que vem em boa hora essa pequena tempestade. Venha tempestade, venha! Até que Jesus volte.

25.10.07

 

Arte, Criatividade e Cristianismo



O que tem isso tudo em comum?

O mesmo que tem Wilson Tonioli (São Toni), Whaner (W4) e Pavarini (Pavablog). E mais uma penca de gente que vai estar no I Forum Nacional de Cristianismo Criativo.

Arte, criatividade e a nossa fé. Jorge Camargo, Nelson Bomilcar, Wolô, Carlinhos Veiga e bota nome de peso ao longo de 4 excepcionais noites de segunda-feira enquanto novembro durar.

E por falar em criatividade, dá uma olhadinha nos tipos de cristianismo que São Toni preparou. Aqui e aqui também. Esse aí de cima foi levemente surrupiado sem a devida autorização.


23.10.07

 

Buechner




Por culpa da blogosfera meu universo se alargou e meus privilégios se expandiram. Prova disso são as inúmeras amizades (novas ou fortalecidas), como a do precioso irmão Carlos Eduardo.
Ele me cedeu por alguns dias o seu exemplar de Telling the Truth - The Gospel as Tragedy, Comedy and Fairy Tale (que em português seria Contando a Verdade - O Evangelho como Tragédia, Comédia e Conto de Fadas).
O autor, ainda desconhecido da maioria de nós brasileiros, é o premiadíssimo Frederick Buechner (biuquiner). Assista alguns minutos grátis de uma entrevista com ele, aqui.

Traduzi um trechinho pra dar o gosto da sua delíciosa escrita.


No mundo do conto de fadas, as irmãs malvadas se vestem como se fossem a um casamento em Palm Beach, e no Evangelho são os desmancha-prazeres, os falsos, os meticulosos caçadores de erro, os mais-santos-que-vós, os desamados e desanimados e irrelevantes que mais sempre que nunca se vestem de roupas chiques e andam por aí como a elite, com placas de Fariseu, Corpo Diplomata, Legislativo, Clérico. São os lobos carniceiros que se vestem de ovelha.


E os bons? Os potencialmente bons pelo menos, aqueles que ainda tem chance de serem salvos por Deus, porque sabem que não tem chance de serem salvos por mais ninguém?


Eles vão por aí parecendo a prostituta da cidade, o bêbado do bairro, o espertalhão do I.R., porque é isso que eles são. Quando Jesus é perguntado quem é o maior no Reino de Deus, ele procura na multidão e aponta para um criança com o rosto sujo de chiclete de bola, e os olhos sujos daquilo que os olhos de crianças ficam sujos, e diz que se ao menos você não se tornar assim, nem perca seu tempo em perguntar.

22.10.07

 

Jesus e os excluídos

Pego sem permissão no Weary Pilgrim - lápis em painel de gesso de Peter Howson.

20.10.07

 

Auto retrato



Estou ficando louco. Para não pirar vou ter que me dilacerar. Fazer o sangue escoer. Deve baixar a pressão.

Meus dias estão contados. Essa loucura que toma conta de mim. Vou fazer mais um de mim. Com ou sem cachimbo? Com ou sem orelha? E a minha orelha ... o que vai restar dela?

Sou bom no pincel, serei bom com a navalha. Será que estou pirando de vez? Pirando ao cortar a orelha. A parte de baixo ... daqui pra ... Ai!!!! Pronto.

E esse pedaço - melhor embrulhar.


Olho no espelho e vou para a tela. Vejo a tela e vou para o espelho. Este sou eu - sem um pedaço de mim. É meu auto retrato: a minha loucura, minha insanidade. Essa orelha está feia. Melhor escondê-la.

"Depois desse serviço como modelo", aponto para o espelho, "você pode ir ao bordel".

Minha cara não tem jeito. É assim mesmo. Orelha total ou parcial: sou eu. Com ou sem orelha - ainda assim sou eu!
Mas que maluquice a minha!

 

Curtas de sábado

As cinzas a que me reduzi - independente de ser de conhecimento público ou não - são para a glória de Deus. As cinzas são motivo para o orgulho dEle: Esse é meu filho e ele me ama, mantém a fé e a dependência em Mim.

- - -

O 'sou' precisa sobrepujar o 'tenho' nas mais diferentes facetas da vida, e em toda sua cronologia.

- - -

A maldade dentro do coração do homem revela sua impotência pessoal. Nossas limitações deveriam nos dar um sentido de realidade e humildade. A verdade no dia a dia é outra. Insistimos na nossa autonomia, nossa independência, nosso engano ...

- - -

Wilberforce e Guevara - como um pode ser tão desprezado e esquecido, principalmente pelos da fé, e o outro tão agudamente enaltecido? O primeiro abandonou o pensamento simplório e acomodado de ser um ministro local - o que o levaria a ser um cidadão comum, para abraçar a vocação de reformador dos costumes e da política com repercussão até os dias de hoje. Já o segundo abandonou a prática médica para (os fins justificando os meios) fazer a revolução pela força, pela violência, pela morte.

- - -

Quando meus olhos pousaram em Ti, minha alma se aqueceu. Estou salvo, exclamei.

19.10.07

 

Huuuuuuummmmmmm


Algo não está cheirando bem ... (senhor Hybels, parabéns pela confissão, anyway!)


Some of the stuff that we have put millions of dollars into thinking it would really help our people grow and develop spiritually, when the data actually came back it hasn’t helping people that much. Other things that we didn’t put that much money into and didn’t put much staff against is stuff our people are crying out for.


A postagem na CT continua com o seguinte: Having spent thirty years creating and promoting a multi-million dollar organization driven by programs and measuring participation, and convincing other church leaders to do the same, you can see why Hybels called this research “the wake up call” of his adult life. Hybels confesses:


We made a mistake. What we should have done when people crossed the line of faith and become Christians, we should have started telling people and teaching people that they have to take responsibility to become ‘self feeders.’ We should have gotten people, taught people, how to read their bible between service, how to do the spiritual practices much more aggressively on their own.

Tradução relâmpaga:


Cometemos um erro. O que deveriamos ter feito quando as pessoas começaram a vir à fé e se tornaram cristãs, deveríamos ter dito e ensinado que são elas que precisam ser responsáveis por se alimentarem. Deveríamos ter juntado as pessoas, ensinado a como ler a Bíblia entre os domingos, a como realizar a prática espiritual mais agressivamente por conta própria.

Acho que li em algum lugar: ... ensinando-lhes ...

Gastou milhõe$$$ de doletas em programas, programas, programas ... huuuuuummmmmm!

18.10.07

 

Presente



Eles se merecem
Eu e eu mesmo
Terão que se aturar até a morte

Quanto mais me esforço
Para deixar-me para trás
Mais avanço em direção de mim mesmo

Você é o culpado
Grito na montanha
E espero o eco responder
Você é o culpado
Digo ao espelho
Olho no olho

Miserável homem que sou!
Quem vai me libertar?

Arrogância, presunção, empáfia
Vazio, vazio, vazio
Nada encontrei
Altivez, orgulho, eu mesmo
Cheio, cheio, cheio
Sem lugar para mais ninguém
Sozinho fiquei

16.10.07

 

Silêncio

Ouça
O silêncio

Sua resposta foi curta e direta
A pergunta formulada
Parada no ar
Dar ouvidos e nada ouvir
Esperar palavras sem som emitir

Para saber o que é a verdade
E nada ouvir a não ser o silêncio
Pois a voz da verdade
Só a verdade pode ouvir

Ouvi minha própria voz
A fazer a pergunta a Jesus
E o que recebi em retorno?
O silêncio

14.10.07

 

McLaren continua: domesticamos Jesus

Uma mensagem que é revolucionária ...

Um chamado que é revolucionário ...

Uma conversão que deveria ser ...


12.10.07

 

Conflito e Tragédia


Aprendo um pouco como escrever com o Brabo. Digo pouco, pelo aluno e não pelo mestre. E também com o Lou, que foi um privilegiado cobaia do bem sucedido projeto Aplicação (não resisti e contei metade do segredo de sua fluída e gostosa escrita).

Some a isso alguns cursos avulsos por distância (no tempo) com Dostoievski e vários de seus companheiros de pena. E também um esforço sobre-humano e tardio de compreensão do que está por trás das páginas que leio. Sim, eu me arrependo de não ter curtido mais os Ramos e Machados de minha vida juvenil. E fico triste em pensar que não valorizei Maria Tereza, Ashcar, Paulo (aquele meio gordinho que sempre vinha com o terno azul e seu paletó suado) e tantos outros e suas aulas de Literatura.

Aprendi a ver em cada história o conflito. Mas vejo também a tragédia. Como extensão ou fruto do primeiro. Pegue os jovens por exemplo. São plenos de energia, esperança, sonhos e ideais. Mas se vêem diante dos desafios e dos gritos da realidade que não só os cerca, mas que habita dentro de cada um.

E a tragédia: são impotentes, imaturos, indisciplinados. E estão nus, despidos de proteção, de abrigo, de calor. E estão famintos e com sede, da vida, de verdade. De Vida e da Verdade.

A grande tragédia do jovem é que, com todo vigor que possui, e consciente do horizonte de anos e dias pela frente, agora – neste exato momento de tempo presente – ele não vê sentido para sua vida.

Qual o significado disso tudo? Não pedi para vir aqui, para estar aqui, para sofrer como sofro. Curtir uma angústia e um desespero sem igual. Tô fora! Qual é?

A tragédia humana é o seu interior, as suas descobertas solitárias nas noites profundas de insônia. Ou no amanhecer vazio de um dia chuvoso de tédio. A tragédia é patética.

Tenho dó de mim mesmo. Como pode ser assim?

A tragédia humana é escura e ao mesmo tempo transparente. Assim como a alma que é imperceptível, mas presente. Não se consegue vê-la, mas sabe-se que ela está lá. As duas: a tragédia e a alma. Ou fundidas numa coisa só? Alma trágica?

O vazio de procurar e não achar, de buscar e não encontrar. Apesar de não estar lá sei que ela está. É trágico o destino que não tem fim.

É aquela vã esperança – a esperança pela esperança. Sem mapa, sem orientação, sem rumo – segue por seguir. Segue sem ver. Cego, sem certeza de que está certo ou de se estar certo. Sem convicção de que é por aí mesmo, persevera em deixar como estar. Let it be (no Rock). Deixo a vida me levar (no Samba).

Não preciso insistir. Não devo insistir. Nada serve insistir. Desnecessário insistir. Pare de insistir.

A interpretação desses sentimentos humanos que lhe tomam conta – tanto faz como tanto fez. A verdade é que a tragédia vem em muitos tons e cores, em diversas nuanças e formas, em diferentes pacotes e embrulhos. Mas vem! E pior – para falar com sinceridade e franqueza, sem papas na língua: a verdade, colocada em termos bem claros e objetivos é que a tragédia humana vive ali no fundinho da gente, dentro de nós. Somos combalidos e maltrapilhos. Somos derrotados, uns miseráveis e infelizes. E para ser mais real ainda – diga em alto e bom som na primeira pessoa do singular:

Sou miserável, deplorável e desgraçado!

Muito tarde na vida, virá o momento do exercício da visão interior – por mais difícil e penoso que seja, será a única saída para esse beco desesperado chamado vida.

E não importará como foi, nem quando foi. Mesmo que tenha sido no passado distante pelas mãos de seus pais, ou por um professor da Escola Dominical, ou por um amigo carola que lhe fez ir a um Acampamento de jovens, ou aquele colega de escola (que nem seu nome você se lembra mais), ou aquele livro, ou mesmo sem a ajuda direta de alguém – mas que tenha sido aquele momento ...

O momento indelevelmente marcante em que você encontrou a graça (a mesma Graça que já lhe tinha encontrado), e essa graça em Jesus se tornou - em você: real e verdadeira.

11.10.07

 

Pressão na semana


Com as muitas coisas a fazer numa semana curta, fica meio difícil manter a regularidade nas postagens - coisa que tenho finalmente aprendido (e conseguido fazer). É claro que tem o seu ônus, pois não é fácil manter a disciplina sem pelo menos sacrificar um pouquinho aqui, outro pouco acolá.

As notícias me dão conta de que já está nas paradas de sucesso a primeira edição de Cristianismo Hoje, uma iniciativa que acompanho desde a sua concepção para o Brasil via o pai da criança: Marcos Simas.


Está aí uma das figuras raras e carimbadas do nosso meio-meio. Isso porque ele é cristão (e bem comprometido) e atua na área editorial desde que era criancinha. E entre nós existe tanto uma empatia simpática como uma associação identificada. Sempre nos cruzamos pelos corredores das entidades, congressos, eventos ... como também na companhia de amigos. Me identifico com ele por causa da Kerigma (ainda vou contar mais histórias dessa época) e me associo a ele após seu convite (logo aceito) a fazer parte do Conselho Editorial da sua revista.

No espaço virtual da Cristianismo Hoje, sou também colaborador e você já pode ler o meu artigo de estréia aqui.

9.10.07

 

Tudo tem que mudar - 1


Pra quem lê no Inglês, a dica do dia é a sinópse do livro recém lançado do Brian McLaren pelo Scott McKnight - é isso mesmo, é tudo gringo ... Lembre-se, o livro é EVERYTHING MUST CHANGE (título do post, que eu traduzi). E já escrevi do esforço por sua divulgação, aqui, dentro de um movimento chamado A Revolução da Esperança.


Ao citar o capítulo 10 do novo livro de McLaren, onde tem a elaboração das diferenças entre a abordagem Conservadora e a Emergente - é para se pensar. Vem bem no momento em que repercutiu nos meios batistas a fala de Mark Driscoll descendo o sarrafo no McLaren. O Driscoll é um pastor despojado e bem jovem. Ganhou repercussão no cenário evangélico pelo crescimento de sua comunidade, numa cidade dita resistente ao Evangelho (Seattle). Não sei o por que - vou pesquisar. A fala dele - se você ouve o Inglês (e entende) - está inteira aqui (na sessão 3).

7.10.07

 

Desafio pra já!

Esta aqui é de - Frederick Beuchner em Secrets in the Dark: A Life in Sermons.

There are lots of different people saying lots of different things, and some of them put us off with their craziness and there are lots of points to argue with them about, but at their best they seem to be acting out of a single profound impulse, which is best described with words like tolerance, compassion, sanity, hope, justice. It is an impulse that has always been part of the human heart, but it seems to be welling up into the world with new power in our age now even as the forces of darkness are welling up with the new power in our age too. That is the bright side, I think, the glad and hopeful side, of what Jesus means by "The time is fulfilled." He means the time is ripe.




Há um monte de gente falando um monte de coisas diferentes, e alguns deles nos tira do sério com suas maluquices e há muitos pontos para se argumentar com eles, mas no fundo eles parecem agir motivados por um profundo e singular impulso, que se descreve melhor com palavras do tipo tolerância, compaixão, sanidade, esperança, justiça. É um impulso sempre presente no coração humano, e parece que está brotando de maneira revigorada para o mundo de hoje, mesmo com as forças das trevas também brotando revigorada para o mundo de hoje. Esse é o lado bom, eu penso, o lado alegre e esperançoso, daquilo que Jesus quer dizer por "o tempo é chegado". Ele quer dizer que o tempo é oportuno.

6.10.07

 

Inspirar, Pirar, Ação


Conheci Naomi Klein via meu bom amigo Dimantas (aguardando por um bom tempo sem espresso e updates). Sua primeira obra (já um marco) foi SEM LOGO. Agora em artigo traduzido do Financial Times descubro que ela está lançando "The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism). Assista o curta-documentário em inglês aqui.


Os dois lados da moeda desse post são:


1) Aprenda a ler os sinais dos tempos e perceba direta e indiretamente o que os críticos e pensadores estão dizendo.


Por mais que a Naomi esteja à esquerda de mim, e mesmo que ela não creia nem perto do que creio, ela tem muito para me dizer. No dia a dia bebemos as notícias acriticamente, e nossa reação é fútil, por não entendermos o que está por trás de ações e decisões. Abraçamos o Capitalismo, pois como privilegiados, o sistema nos trata (na maioria das vezes) muito bem. Ficamos horrorizados com o movimento anti-globalização, sem perceber que coisas erradas estão sendo perpetuadas pelo sistema de dominação global. Como está longe de nós ... deixamos ficar.


Como cristão: leia, se informe, pense, discuta, se aprofunde!


2) Não transforme a iconoclastia, como um fim em si, em sua bandeira principal.


Ter pessoas como Naomi Klein por heroís e heroínas é válido, mas pode ser exagero. Se assim você escolher saiba que não necessáriamente eles estão certos em tudo. Podem estar certos em parte - ao denunciar os abusos, os exageros ... enfim apontar o que o sistema perpetua de errado. Mas nem sempre carregam uma ou a alternativa condizente. Na maioria das vezes, simplesmente derrubam mitos para ficar bem na fita.


Esse tipo de erro (abraçar acriticamente um companheiro de luta em esferas sociais e políticas) é o erro que temos denunciado da Direita Cristã americana. Se perdeu em política, boa parte da liderança evangélica americana por deixar a sua 'religião' ficar republicanizada!


À direita e à esquerda, permaneça no central: o núcleo para o cristão é o Reino de Deus.

3.10.07

 

Os autores em destaque (USA)

Com base no mês de setembro - uma amostra do que nossos irmãos do norte estão lendo (alguns autores são bem conhecidos dos brasucas):

Randy C. Alcorn
Shaun Alexander
Stephen Arterburn,
Ron Beers
Rob Bell
Henry T. Blackaby
Wanda E. Brunstetter
Gary Chapman
Henry Cloud
Don Colbert
Brandilyn Collins
Ted Dekker
Nancy Leigh DeMoss
Tony Dungy
Emerson Eggerichs
John Eldredge
Shannon Ethridge
Shaunti Feldhahn
David Gregory
John Hagee
Marilyn Heavilin
Dee Henderson
Bill Hybels
T. D. Jakes
David Jeremiah
Kay Wheeler Kilgore
Karen Kingsbury
Tim LaHaye
Beverly Lewis
Max Lucado
John MacArthur
Robin McGraw
Joyce Meyer
Donald Miller
Beth Moore
Janette Oke
Stormie Omartian
Joel Osteen
Don Piper
Helen Steiner Rice
Francine Rivers
Joel C. Rosenberg
Sheri Rose Shepherd
Lee Strobel
Rick Warren
Joanna Weaver
Lori Wick
Philip Yancey

Fonte - ECPA / Pubtrack Christian

 

Luciano Huck está a dois graus de mim. Méritos profissionais.
Leio que ele escreveu um desabafo na Folha por conta do assalto sofrido, com direito a 38 apontado para a cabeça.
É trágico, é violento, é estatística. Eu sou exceção. Mas gente de minha família não é.

A realidade de Sampa (e a brasileira) é clara quanto a isso: a violência já faz parte do cotidiano.
Não li seu desabafo. À noite, alcancei uma Folha já envelhecida, e li com atenção os contra-desabafos dos leitores, por conta do que nossa celebridade havia escrito no dia anterior.
- - - -
Trecho final:
Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser
paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o
risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio.Isso não está
certo.
Leia a integra no Pava, aqui, lembrando que Só Cristo Salva.
- - - -
Preciosidades que me dão rubor, por causa desses dois graus de separação. Me sinto próximo demais, e participo do deslize com ele. Perdemos juntos a face.
Faz parte. É nossa sina, nosso ordeal (ordálio - se preferir). É isso mesmo: somos uma elite despreparada, descompromissada, e estrognoficamente presa fácil. Não para o assaltante. Para o ridículo!

2.10.07

 

Nunca mais sozinho


O Arcebispo Charles Caput – de Denver no estado do Colorado, falando a jovens católicos reunidos num congresso no começo do ano, alertava:


Mas o problema é que muito da cultura americana neste exato momento, está sendo construída como uma ficção juvenil. A ficção da vida é toda sobre você como um indivíduo – suas idéias, seus apetites, suas necessidades. Acredite em mim: não é assim!
O desafio do momento é a busca pessoal pela sua originalidade diante de Deus. Encontrar a si mesmo: aquela pessoa (única e exclusiva) preparada para o chamado original – que é só seu e de mais ninguém.

Esta é uma luta insana e contínua – e independe de suas realizações passadas, sua idade, seus feitos, sua capacidade, seus talentos. Envolve o aqui, e está focado no agora!

Como não ser um clone? Como não ser uma cópia pirata? Como não ser barato em algo que custou tanto a tantos (ao Mestre, à família, a mim, aos que me amam ...)?

Esta é a angústia perene do meu chamado diante de Deus!

Como ser o eu único – aquele ‘eu’ que o Senhor tanto se esmerou para que eu fosse – e agora não consigo ser?

Preciso romper urgentemente comigo mesmo. Abandonar o indivíduo mesquinho e egoísta, que optou pela ficção juvenil, pela ilusão, pelo mundo irreal.

Que tal encarar os múltiplos desafios que nos esperam, e comunitariamente fazer a revolução, a transformação. Uma vez achado, romper comigo mesmo e me juntar! Sim, porque sozinho não posso.

A realidade pode ser dura, mas o que habita em nós é Maior. Não há quase nada de força num graveto isolado – mas espere juntar um punhado e veja a resistência de muitos.

Sozinho, eu padeço e me perco. Com os irmãos eu me levanto. Luto e venço.

1.10.07

 

Borges sempre por aqui


E eu nem tanto.

Primeiro foi o Brabo, com essa homenagem, simples e singular - como lhe é peculiar, ao grande escritor universal (apesar das rixas que temos com nossos vizinhos).

Neste mundo a beleza é comum, disse o poeta-escritor-gênio. A arte revela muito de Deus, pois busca na natureza humana algo que sempre lá esteve. E a despeito da Queda e sua inexorável conseqüência.

Essa semente em muito reflete o que negamos por vezes sem fim. E aí vem o artista-intérprete, e mostra o que estava lá desde o início, e nunca percebemos. Não por falta de sentidos, mas por incapacidade de senti-los. Uma sensiblidade rasa já traria muito sentido em poucas coisas convividas.

E o intérprete-artista faz isso, num brotar de sentido, nos faz sentir e concluir: a beleza é comum.


Passados alguns dias (semanas provável), vem o dileto Adiron a me lembrar mais uma vez, que Borges sempre esteve aí.


E o Leo fez uma tradução do que, dele brota, assim finalizando:



eu te ofereço o cerne de mim mesmo
que achei de certo modo – o coração central
que não aposta em palavras,
que não trafega com sonhos
e é intocado pelo tempo, pela alegria, pelas adversidades.

eu te ofereço a memória de uma rosa amarela
vista ao pôr-do-sol, anos antes de você nascer.
eu te ofereço
explanações sobre você mesma,
teorias sobre você mesma,
notícias autênticas e surpreendentes sobre você mesma.

eu posso te dar a minha solidão,
a minha escuridão,
a fome do meu coração;
estou tentando subornar-te com incertitude,
com perigo, com derrota.



(traduzido por ele em seu blog, do poema original em Inglês de Borges: What can I hold you with?)


Ele sempre esteve por aqui, e minha insensibilidade não permitiu que ele me tocasse.

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