28.8.08

 

Usuário e programador


Não bastando a sua versatilidade como verdadeiro homem da renascença, Brabo nos brinda com este texto meritório de reflexão e debate:


Metade dos cristãos digita os seus próprios comandos e pressiona a tecla Enter de Deus, na esperança de que Deus comece a fazer magicamente o que eles querem. A outra metade digita os comandos de Deus e aperta a sua própria tecla Enter, na esperança de começarem a fazer magicamente o que Deus quer.



A boa nova, a assustadora boa nova, é que Deus quer programadores, não usuários.
Ele espera que digitemos os nossos próprios comandos e apertemos a nossa própria tecla Enter e ainda assim – com toda a responsabilidade, todo o risco e mágica nenhuma – produzamos um mundo que promova a graça (ou seja, a beleza, o cavalheirismo e a criatividade) e honre a herança do seu idealizador.


27.8.08

 

Flow

Michael Jordan em estado de flow

Nestes dias corridos e de pouca postagem, tenho me servido da companhia de Mihály Csíkszentmihályi - autor de FLOW, entre outras obras. Ele é professor de Psicologia e estudioso do comportamento no local do trabalho e em outras atividades humanas (artes, esportes ...) que demandem superar ou enfrentar situações de alta complexidade com razoável fluência.

Ele chama o estado em que somos mais competentes e onde ao mesmo tempo colocamos todo o nosso potencial, como flow (fluir - em algumas obras em português não se utiliza a tradução). Isso significa que estamos leves - incrivelmente leves, apesar de estarmos atravessando momentos de extrema demanda. É nesse estado que praticamente não nos cansamos, não percebemos o tempo passar, e ao mesmo tempo somos reconhecidos por terceiros como muito focados e vivendo plenamente o momento e como que integrados com aquela atividade.

Me sinto, pessoalmente em sala de aula - nos temas e nas abordagens que estamos focando, em praticamente 100% do meu tempo em flow. Apesar da alta demanda, e com atenção, energia e concentração sendo sugados, o sentimento de recompensa (não financeira) é altissimo.

A chave, é claro, é unir uma coisa com a outra ($), ;)!!

23.8.08

 

FAMILIES


 

Para tirar o atraso

Várias leituras comentadas para o sábado.

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Hoje, comemora-se 60 anos do Conselho Mundial de Igrejas. Tudo começou em Amsterdam, na Holanda. Mas a semente tinha sido plantada em 1910 na Conferência Missionária de Edinburgh - trazendo (já naquela época!) as várias denominações Protestantes para uma conversa. E daí muito polêmica - ainda mais quando se trata de focar o ecumenismo. Hoje representa 340 igrejas.

Mas se fizesse uma campanhazinha aqui no Brasil, entre Apóstolos, Pastores e Missionários (os auto proclamados inclusos) daria para triplicar esse número sem muito esforço. BTW

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Tio Brian McLaren recomenda Barack Obama. Veja o video de 48 segundos. Poderia ser uma opção para não ter que escolher o menos pior para São Paulo, mas como bom brasileiro, voto aqui.

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Acho que a próxima discussão (pública?) será sobre a Queda e o problema do Mal. Eu de meu lado (creio, mesmo) que ainda mantenho a fé.

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Lembrado pelo Whaner, Donald Miller o autor do livro Como os Pinguins me Ajudaram a Entender a Deus da Thomas Nelson Brasil (e o livro da Kombi também), fará a oração de abertura para a Convenção do Partido Democrata que consagrará Barack Obama como candidato oficial do partido para a Casa Branca. Ao ser perguntado, por que ele aceitou essa tarefa, sua resposta:

Quando alguém lhe pede para orar, voce deve orar.


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Essa é brasileiríssima!

Ao invés de nos preocuparmos em reformar os outros, façamos um esforço determinado para alcancemos nosso próprio
reavivamento.


E de Dom Helder Câmara (arrepiou??)

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Gente amiga que vem aqui. Vocês trazem tanto amor e carinho. E eu, fico sempre na dívida!

22.8.08

 

As Olimpíadas


Graças ao The New York Times, você pode acompanhar neste gráfico o que aconteceu em cada uma das Olimpíadas, com os países e os montantes de medalhas. Perceba a estabilidade americana e como os asiásticos vem se despontando nos últimos anos.


A dica veio do grande amigo Alexandre Chumer.

17.8.08

 

O Choro


Tem de todo o jeito, e é próprio de cada um. E vem nos mais incríveis momentos, pelas mais diferentes razões. Nasce como filho de uma multidão de pais. Fecunda-se no coração, sobe como um raio, inunda o cérebro de descontrole, deixa a boca trêmula, a expressão facial se retrai e lá vem os olhos a marejar.

Há o choro do desespero. Crianças carregadas por mães, tias e avós, fugindo do fogo, do incêndio, da destruição dos tanques, das bombas aéreas, e da morte.

Há o choro do nascimento. O bebê levou um tapa na bunda, carimbada pelo médico que certifica-lhe vida, e que mostra-se vivo: nesse berro infantil, desesperado na emissão e alegrado na recepção.

Há o choro da decepção. O abandono, a frustração, a mancada, a tristeza, a solidão e o desespero. Tudo toma conta da pessoa. São soluços quase que imperceptíveis, pois vão para o interior: um diálogo de afagos e racionalizações na busca inglória pela compreensão da alma humana. Quanto mais próximo, mais intimo, amigo e amado, mais nebulosa e difícil de entendimento. Há motivos que a própria razão desconhece.

Há o choro da compaixão. Jesus viu o que o pecado havia feito com a humanidade. A morte levava um amigo. A multidão caminhava como rebanho sem pastor. Havia necessidade de redenção. Só o amor genuíno e desprovido de egoísmo pode sentir compaixão – e daí chorar.

Há o choro da criança. Correu, perdeu o fôlego, ficou frustrado, quer reclamar e não consegue. Uma grande mistureba de sentimentos o faz se perder ao encontrar um adulto. Soluça em cambalhotas de expressão. Olho para trás, e dou risada.

Há o choro da comoção. É um estado de fácil influência e alta empatia. O sujeito recebe por transferência os sentimentos de um terceiro. Pode ser numa ficção ou numa situação real. Pode ser ao vivo ou por vídeo tape. Pode ser no teatro, no cinema ou na televisão (o mais comum). Pode ser uma só pessoa, pode ser a multidão. Não se preocupe. Logo, logo esquecerão. É superficial e influenciado. Não tem semente, não vai criar raiz. Vai morrer. A comoção morre.

Há o choro do arrependimento. Vem junto com o pedido de perdão, de desculpas, de um ‘errei’. O ego se murcha, a vaidade vai pro saco, a boca fica seca. É difícil, mas é necessário – mais do que boa convivência, é querer ficar bem com si mesmo, com sua consciência. E daí vem o doce após o amargo.

Há o choro da luta. Antes do fim. No meio da luta. Vem raiva, determinação, e gana. Há uma precisão imensa para se manter de pe´. Vem prontidão, determinação e energia. Persista – com ou sem choro – continue, continue, continue.

Há o choro da vitória. Quando se alcança o objetivo, quando se consegue, quando se vence. Os dedos longos passam pelos olhos, como que num cacoete impensado, pois as lágrimas não descem. As bochechas jogam a boca para baixo – mesmo enquanto se fala. A voz enrouquece, os lábios tremulam. É um misto de alegria, de efusiva comemoração, de agradecimento, de humildade frente aos esforços de tantos dias, meses e anos. Os competidores reverenciam. Enquanto canta o hino nacional – vai tudo bem até a primeira estrofe. Daí passa a olhar para baixo, soluçar e tapar o rosto com a mãozona de nadador. O público aplaude. Os brasileiros se emocionam (alguns choram também – o choro da comoção) e ganham num estalar de dedos (ou em 21,30 segundos) um novo herói: Cezão! O que chora o choro da vitória!

14.8.08

 

Sobre as piadas


A sensação que se tem de estar remoto, pelo menos para mim que experimento esta nova fase, é de completo engodo. A vida - imaginávamos - vai ficar mais fácil e ágil. Que nada! Está mais pesada e lenta.


Confesso que as últimas semanas tem sido punk demais, mas esperava que ao acrescentar uma parafernália tecnológia ao meu acervo diário, eu estaria tendo dias mais tranquilos. Nada que nada.


Por isso, sem ter como disfarçar - este que deveria estar aqui (quase que) diariamente - tem faltado com a palavra (naquele outro sentido - tá!).


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Ontem na correria das atividades me atrapalhei e não liguei pro Cid - tá me alcançando o cara.



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Sobre as piadas:


"É o único campo de atividade criativa em que um estímulo cerebral muito complexo, uma pequena tolice, suscita uma reação fisiológica maciça" - de Jim Hilt, autor de Stop Me If Youve Heard This: A History and Philosophy of Jokes.

10.8.08

 

Uma explicação


Às vezes a gente pega no ritmo. Outras a gente empaca e trava igual mula velha. Velho estou (já avisei que passei dos 38), mas não sou mula não.


Reconheço que tenho sido um tanto quanto omisso - e por isso mesmo você merece uma explicação. Estou iniciando neste mês de agosto o projeto do ano. A coisa se arrastou ao longo de meses (!) e finalmente estamos cá, engatando uma terceira para a ultrapassagem. E sem querer dar desculpas demais, ainda por cima fico com uma banda larga podre lá em casa. Não sei se é o caso de chamar a turma da PF - pois eles sabem mais de Telecom do que a Anatel. Mas voltando ao que me traz aqui tarde da noite de domingo, a ponto de virar abóbora, é dar uma satisfa geral. Estou colocando as coisas nos seus devidos lugares, com mais hp (literal) e apoio, assim com certeza poderei estar mais presente.


E - só pra provocar Brabo, Rubinho e Lou - aprendi uma nova, que supera a de vocês. E o mestre é ninguém menos que o tio Guima. Veja e leia ele aqui.


Ah - o que aprendi? Salvo melhor raciocínio!

8.8.08

 

Notícias da China


Recebo email do Alex Dias Ribeiro - o nosso Capelão dos Esportes (ou dos esportistas) - e compartilho com vocês:

Meu primeiro dia na Vila Olimpica

Jing, meu aluno da Escola Internacional de Liderança na África do Sul veio me buscar no AP onde estou hospedado para me levar até a Vila porque teríamos de tomar 2 ônibus na ida e 2 na volta. Como ninguém fala inglês por aqui, tivemos que pedir muitas informações até encontrarmos portão certo. Sem o Jing eu jamais teria chegado lá.

O acesso foi fácil e rápido. Mas na hora de passar da área internacional para a residencial a coisa enroscou. Mandaram o rapaz da delegação brasileira buscar um sacerdote no portão. Ele imaginou um cara alto, de batina, colarinho clerical, barbudo e c/ cara de São Francisco. Como eu estava de tênis, boné bermuda e óculos escuros; ele não me achou de jeito nenhum!. Perdemos + de 1 hora até nos encontrarmos conseguirmos para de rir da nossa estória.

Já na vila, arrumamos uma mapa e fizemos um tour juntos. Em duas horas conheci os alojamentos do Brasil, o centro ecumênico, o restaurante o centro administrativo onde comprei os tickets refeição e até o centro de tradições chinesas onde me ensinaram a escrever meu nome em chinês.

No restaurante encontrei 2 estrelas do basquete que conheci no Mundial de basquete em S. Paulo. Batemos um papo muito legal e descontraído. Uma sugeriu - Tava bom da gente fazer um culto! Como é que gente faz? – Culto é comigo mesmo! Respondi e combinamos o tema para a próxima vez que eu tiver acesso a vila. Logo chegaram + duas colegas e um pessoal da comissão técnica, a quem fui apresentado.

Depois do almoço peguei o circular da Vila para fazer o reconhecimento final do pedaço. Fiquei encantado com os temas, a arquitetura, o paisagismo os detalhes acabamento.

Depois conversei com um amigo de outras olimpíadas que me forneceu os endereços dos nossos atletas que já estão na vila bem como as datas de chegada dos que ainda não vieram. De lá dei um pulo até o alojamento do Canadá tentando contatar uma atleta que conhecemos no Pan Americano.

Voltei ao Centro Ecumênico muito bem montado e com pastores, sacerdotes padres e rabinos chineses do Budismo, Islamismo, Judaismo, Hinduismo, Catolicismo e Protestantismo à disposição dos atletas, mas sem nenhuma experiência em lidar com atletas e olimpíadas. Como eu era o único freguês, tive a atenção total do pastor de plantão e batemos um papo muito legal. Ele me contou como é Cristianismo na China, mostrou as fotos da sua igreja, seminário e acampamento. Li o Salmo 91 na minha The Message Bible e ele orou por nós. Foi o nosso culto de domingo.

No fim da tarde encontrei uma fisioterapeuta cristã que conheci no Pan. Conversamos um bocado e louvamos a D por tê-la plantado em lugar tão estratégico.

Depois fui até o centro de convivência para assistir a largada do GP da Hungria onde Massa largou de forma esplêndida e liderou com categoria até perder acorrida + ganha de sua vida quando a Ferrari o deixou a pé a 3 voltas do fim.

Voltei pra casa depois de 12 horas de trabalho, mas muito feliz com o resultado e por ter achado o caminho de volta sozinho conversando em mímica com os motoristas e cobradores dos ônibus que peguei.

Ao abrir a porta do AP encontrei meus colegas ingleses celebrando em frente a TV a quebra de Massa e o quinto lugar de Hamilton na F1

Estava tão cansado por causa do calorão e agitação, mas tão grato a D por meu primeiro dia na vila que nem liguei pra eles. Tomei um bom banho, comi um pêssego e um yoghurt e bati a cara no travesseiro com tanta força que só acordei no dia seguinte. E sonhei que estava muuuuito feliz...


Alex - Beijing/Ago 2008

6.8.08

 

Para não dizer que é de hoje

Costumo brincar em salas de aula - quando em treinamento e palestras, que tenho 38 anos (o que é uma mentira em mais ou menos meia dúzia de anos - salvo engano). O impacto da minha declaração, logo no início - provoca reações interessantes, pois a demora dos participantes a avaliar a verdadeira motivação cria um misto de espanto, riso e até admiração.

En passant: fiquei chocado com um convite para 'reunion' dos antigos palavrenses ilustrado com uma ampulheta derramando a areia já no seu fim. Não motivou não, viu gente!!

Hoje os jovens comandam o pedaço. Vemos uma participação cada vez mais crescente da novíssima geração nas conversas, via comentários, blogs e outras manifestações interneteiras. O que acho muito bom. A minha ênfase hoje é na recuperação de uma bandeira, hoje meio rasgadinha e muito esquecida. No entanto ela é A Bandeira! A nossa bandeira, qual seja: o Senhorio de Cristo.

Muito do que nos revolta e nos faz voltarmos à carga - chacoalhando alicerces e querendo derrubar mitos (ou poste-idolos se preferir) neste sentimento de santa revolta, é constatarmos de que o Senhorio de Cristo está para segundo plano.

Hoje, ao abrir um livro de 1988, reproduzo o que li na lateral de uma página - escrito por mim à lápis. Fazia menção ao nosso esforço na publicação da Revista Kerigma, onde tive a honra de atuar com gente maravilhosa que me ajudaram a tornar aquilo que era sonho, realidade. Só pra mencionar alguns desses bons companheiros e companheiras: Guilherme Kerr, Rute Araújo, Zilda de Castro, Paulinho Ciola, Lucas Rocha Vieira, Ismar de Almeida e uma dezena (pra mais) de articulistas de peso que até hoje fazem a diferença - positiva diferença - em nosso meio. Ao repetir a escrita, tomo a liberdade de adaptá-la no contexto dos blogs.

É o que temos enfatizado, postagem após postagem, onde o Senhorio de Cristo deve incorporar todos os círculos da vida. Cremos que Cristo não é somente Salvador de nossas almas, mas também Senhor do Universo.

E devemos fazer o Kerigma (a proclamação) em palavras e ação para que Ele reine, aqui e agora!


3.8.08

 

A Cristandade que Queremos?


Resolvi escrever uma reflexão a respeito do nosso atual estado como povo e força cristã - a tal da nação evangélica. Fui motivado a fazê-lo diante de minha angústia e desesperança. Admito que o desânimo já cresceu além da conta.
Não é de hoje que vemos uma constelação de mazelas em nosso meio. A estiagem demasiadamente longa, no entanto nos tem drenado a energia de se crer num tempo melhor.
E sem nenhum fato novo que nos sopre folêgo - o que nos sobra?
Há neste rompante de auto-crítica muito de intuição. Não fiz nenhum estudo profundo, nem pesquisei ou entrevistei amigos e conhecidos para formular o presente juízo de valor.
Nesse sentido, eu estou convicto do que escrevo pela minha vivência diária na internet, como blogueiro e leitor. Soma-se a minha desenvoltura nos meios evangelicais. Até recentemente estava à frente de uma editora convivendo com o mercado evangélico. Desde criancinha (e faz tempo viu) que me enfronho nos meandros de ministérios cristãos. Participei, atuei e conheci um bocadão de gente. Então isso me dá certa autoridade no uso do boné sanguíneo que faz aflorar emoção, sentimento e percepção.
Mas caro leitor, não preciso ir longe. Essa conclusão: de que as coisas não estão bem, não é exclusividade deste que escreve. Basta um bater de olhos e imediatamente perceber que do nosso âmago sobe aquele sentimento de dejá-vu. O filme vai se repetir e já sabemos como vai terminar. Os erros se repetem num carrossel desgovernado. A igreja evangélica opta - consciente ou inconscientemente pelo caminho do Titanic. De nada serve limpar as cadeiras no convés.
I. Crescente Infantilização Teológica. Nossa produção é pífia e fraca. Não há discussão (no sentido acadêmico e nobre). Os centros de estudo se fecham em posições cada vez mais extremadas. Qualquer voz discordante é abatida no nascedouro, sem piedade. Antagonizar para tirar mérito e em seguida desclassificar. Traduz-se diretamente do americanismo livros textos que se canonizam via comando e controle com um marketing impositivo e arrogante. Parece que não se tem mais nada para aprender, desenvolver, contextualizar, analisar, contrapor, acrescentar ou diminuir. Muito menos revolucionar. Há exceções? Salvo engano - não.
II. Espetacularização do Ridículo transformado em Ícones da Juventude. A crescente irracional busca por impacto em apresentações e aparições de certos nomes da fama evangelical, tem produzido uma estapafurdia caricatura do cristão. A demanda pelo novo (no sentido de moda, modismo, lançamento) tem criado espetáculo histriónicos numa mistura de pseudo espiritualidade e exageros emotivos e manipulativos. Isso tudo só serve aos imbecis. E os imbecís são servidos 'a eles', aos borbotões. A alavancagem midiática serve à comercialização e interesses empresariais. O ministério está abaixo do terciário interesse. Sem engano.
III. Esvaziamento da Liderança Nacional. Longe de regurgitar o choro dos órfãos do Caio, e muito menos apregoar um papismo à la gospel tropicalista. Mas refiro-me a nomes de expressão nacional que não se intimidem frente a um debate público de nível (sem artimanhas apelativas do tipo 'mas a Bíblia diz'). Público perante a população em geral, e público também para o interno - os evangélicos. Carecemos de nomes que aglutinem e que enobreçam a representatividade. Nomes que não firam a descência Evangélica. Nomes que não tragam uma agenda repleta de politicalha (com cheiro de enriquecimento ilícito e sangue de inocente). Nomes que não nos remetam às suas agendas comerciais de produtos editoriais de quinta categoria (assemelhados a estercos enlatados). Nomes que sejam genuinamente brasileiros e sim - comprometidos com a transformação macro (mesmo que corram o risco de serem taxados de messianistas).
IV. Re-edição da Dependência Evangelical Americana. Não sei - só sei que é triste: o que é pior, receber o filho de Billy Graham como grande esperança ou manter o Malafaia no status-quo. Por falta de mais alternativas, opção NDA! Como diria um amigo de fala inglesa: Neither. Rick Warren ou bossa nova na casa de espetáculos Tom? Neither. Programas 'top-down', transmissões via satélite (dubladas ou tradução simultânea)? Neither. Grandes nomes para grandes massas ou massas grandes para nomes grandes? Neither. Em pleno século XXI, repetimos os trejeitos de uma republiqueta de bananas. Em pleno avanço de país emergente e possivelmente uma das 5 grandes potências em 25 anos, somos, como povo evangélico imaturos, dependentes, bebês-chorões, mimados, fracos e covardes. Neither: não há nem contra-argumentos, nem justificativas.
V. Institucionalização do poder dentro da própria Instituição. As agendas (ou a missão) das instituições foram substituidas pelo fim em si mesmo. Ao invés de serem meios para se alcançar o ideário cristão maior, se tornaram matriz da manutenção de poder. Pessoas no comando, mantém, reforçam e garantem o poder para se manter, reforçar e garantir o poder. Organismos que nos remetem ao feudalismo misturado com um capitalimo desenfreado - ora usando a máquina encastelada, ora a dependência econômica. Há exceções - mas façamos uma auto-crítica profunda e descobriremos que o problema é mais embaixo.
VI. Rebanho Vazio e Superficial. Na sua grande maioria o rebanho evangelical é massa de manobra manipulável. Apesar do grande volume de Bíblias e livros vendidos nos últimos anos, a leitura é disfuncional e superficial. A postura bereana é nula. A fraca herança educacional só contribui, e pouco se desafia no sentido da mudança. Interessa à liderança essa perspectiva sombria pois serve como cortina para que os jovens pastores se 'percam' com seus problemas micro.
VII. Ausência de Inovação e Estrutura na Educação Teológica. O postulante ao ministério e pastorado carece de opções. Não há concorrência entre ofertantes - há o que sobra, o resto. Pelo porte do Brasil, temos quantos bons centros de preparo teológico e pastoral? Somos quantos Estados da Federação? Temos quantas cidades representativas? Se tivéssemos um ENEM Teológico, o número de carteiras se reduziria mais ainda. O que fazer?
VIII. Editoras. Com um mercado relativamente grande as Editoras tem tido bons anos de resultados, sem no entanto se deter para preparar e lançar autores nacionais. Ou melhor Autores Nacionais. O que temos visto e lido tem sido abaixo da crítica. Deveríamos também reconhecer que nossa dependência em importar e traduzir obras estrangeiras é uma acomodação num modelo ultrapassado e que em nada vai auxiliar em prol da mudança. Que tal um esforço na descoberta e desenvolvimento de novos autores?
IX. Ausência de movimentos de ruptura. Acomodação, desânimo, distanciamento. Por essas e outras razões, é muito difícil esperar por um movimento de reflexão e de mudanças. Uma iniciativa que venha propor alternativas positivas, que auxilie os que realmente são sinceros e desejosos do progresso do Reino - sem demagogia e sem falsas promessas.
X Imobilidade. Pessoalmente convivi no passado com gente que por idade (eramos mais jovens) ou ingenuidade, facilmente se entusiasmava por colocar ordem na casa. Era relativamente mais fácil de se juntar e tomar pelo menos uma atitude e assinávamos uma Declaração. Hoje nem atitude nos é servida ou siquer temos para oferecer. De imediato produziamos um Manifesto ou uma carta aberta. Hoje vejo muita gente infeliz, aflita e revoltosa, com seus corações muito afinados com a agenda do Reino de Deus, a grande Comissão, o testemunho pessoal íntegro e uma vida exemplar de santidade e compromisso. Mas estão isolados e desarvorados com o que nos desafia diante do atual estado das coisas.
Façamos algo, por favor!!
São Paulo, Agosto de 2008
Volney Faustini
Conclamo para que voce me ajude a aperfeiçoar esse texto e assinemos juntos.

2.8.08

 

Rebanho Apóstolico


Preacher: Diga à pessoa do lado: Eu te amo.
Povo: (burburinho) eu te amo ... (burburinho) eu te amo ...
Preacher: Mesmo que voce não conheça quem está ao seu lado, diga eu te amo,
Povo: (burburinho) eu te amo ... (burburinho) eu te amo ...
Preacher: Povo apostólico!
Povo: Amém!!
Preacher: Voces não se deixarão ser levados por ventos de doutrinas estranhas.
Povo: Amém !!
Preacher: Porque vocês são a pérola preciosa - a pérola apostólica!
Povo: Amém ! !
Preacher: Voces não deixarão de ser fiéis, de ser o escolhido, de ser o abençoado.
Povo: Amém ! !
Carinha lá no meio: A L E L U I A.
Preacher: Porque voces tomaram posse. Bata o pé com firmeza no chão - esta é a terra e o tempo que Deus lhe deu. O tempo gente, não o templo.
Povo: (burburinho e batida no chão) [pá, pá, pá] Amém!
Preacher: Voces não se deixarão abater pelas provações apostólicas nem pelas perseguições do inimigo. Vocês e só vocês pisarão na cabeça da serpente.
Povo: (burburinho e batida no chão) [pá, pá, pá] Amém!

Preacher: Não aceitaremos injustiça - mesmo que as provações não tenham explicações ou justificativas plausíveis! Amém?
Povo: Amém ! !
Preacher: Podem se assentar... Vocês são nação apostólica. Repita comigo: Eu sou único, eu sou singular, eu sou um indivíduo!
Povo: Eu sou único, eu sou singular, eu sou um indivíduo!
Preacher: Não me deixarei ser levado por ventos de doutrinas outras.
Povo: Não me deixarei ser levado por ventos de doutrinas outras.
...

Preacher: Agora que terminou a lavagem apóstolica dos meus pés, venham beber dessa água ungida.
Povo: (em fila) glub glub glub
Preacher: Amém ?
Povo: Amé ... cof, cof ... mém


Nada a ver.

1.8.08

 

Pontos de Infidelização

Beijar irmã (0) defenestrado pela igreja ...................................................... 450 pontos
Dar carinho e amor a todos indistintamente ............................................................. 750 pontos
Não selecionar amigos ou apoio pelo filtro da doutrina e teologia ................................. 950 pontos
Aceitar irmão tabagista ....................................................... 101 pontos
De vez em quando cachimbar ................................. 51 pontos
Taça de vinho importado ............................... 45 pontos
Taça de vinho nacional (barato) ................ 40 pontos
Taça de vinho nacional selecionado ................ 48 pontos
Fumar 1 charuto prazerosamente com descrentes ................................... 450 pontos
Fumar 1 charuto prazerosamente com irmãos ............................................................... 950 pontos Tomar uma cachaça mineira ......................................................................... 450 pontos
Tomar duas cachaças mineiras ....................................................................... 455 pontos
Tomar três cachaças mineiras ................................................................ a medição ficou embaçada
Tomar cerveja no Bar ....................................................... 100 pontos
Tomar cerveja no Bar e nenhum irmão flagrar ........... 90 pontos
Tomar cerveja no Bar e irmão flagrar ............................... 110 pontos
Tomar cerveja no Bar e pastor que não bebe flagrar .................................................... 949 pontos
Idem e pastor que bebe flagrar ... 29 pontos
Idem e pastor que bebe flagrar e voce não oferecer ....... 109 pontos
Idem e os dois beberem .. 09 pontos
Idem e os dois beberem e os dois pegos no flagra ........... 99 pontos
Idem idem e não oferecer ao irmão que bebe ........................ 199 pontos
Idem idem e os três ... ... 08 pontos
Idem, idem, idem e serem pegos no flagra .............................. 201 pontos

Obs. Algumas coisas não tem pontos ;)

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