6.10.07

 

Inspirar, Pirar, Ação


Conheci Naomi Klein via meu bom amigo Dimantas (aguardando por um bom tempo sem espresso e updates). Sua primeira obra (já um marco) foi SEM LOGO. Agora em artigo traduzido do Financial Times descubro que ela está lançando "The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism). Assista o curta-documentário em inglês aqui.


Os dois lados da moeda desse post são:


1) Aprenda a ler os sinais dos tempos e perceba direta e indiretamente o que os críticos e pensadores estão dizendo.


Por mais que a Naomi esteja à esquerda de mim, e mesmo que ela não creia nem perto do que creio, ela tem muito para me dizer. No dia a dia bebemos as notícias acriticamente, e nossa reação é fútil, por não entendermos o que está por trás de ações e decisões. Abraçamos o Capitalismo, pois como privilegiados, o sistema nos trata (na maioria das vezes) muito bem. Ficamos horrorizados com o movimento anti-globalização, sem perceber que coisas erradas estão sendo perpetuadas pelo sistema de dominação global. Como está longe de nós ... deixamos ficar.


Como cristão: leia, se informe, pense, discuta, se aprofunde!


2) Não transforme a iconoclastia, como um fim em si, em sua bandeira principal.


Ter pessoas como Naomi Klein por heroís e heroínas é válido, mas pode ser exagero. Se assim você escolher saiba que não necessáriamente eles estão certos em tudo. Podem estar certos em parte - ao denunciar os abusos, os exageros ... enfim apontar o que o sistema perpetua de errado. Mas nem sempre carregam uma ou a alternativa condizente. Na maioria das vezes, simplesmente derrubam mitos para ficar bem na fita.


Esse tipo de erro (abraçar acriticamente um companheiro de luta em esferas sociais e políticas) é o erro que temos denunciado da Direita Cristã americana. Se perdeu em política, boa parte da liderança evangélica americana por deixar a sua 'religião' ficar republicanizada!


À direita e à esquerda, permaneça no central: o núcleo para o cristão é o Reino de Deus.

Comments:
Sou tentado a aceitar a derrubada pura e simples dos mitos, mesmo por quem não tem nada pra propor no lugar. Eles, pelo menos, abrem espaço, e mostram os pés de barros que todos - os mitos - tem.
A criatividade vem do vácuo. Pra achar soluções, é preciso não ter saídas.
Enquanto pensarmos que o capitalismo e globalização podem ser remediados, estaremos perdidos. E não temos muito tempo...
Salvo engano.
 
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