31.8.07

 

Hoje é sexta-feira!


Autora de Failing America's Faithful: How Today's Churches Are Mixing God with Politics and Losing Their Way, Kathleen Townsend é filha de Bob Kennedy – com idade suficiente para ter acompanhando também o funeral do seu tio mais famoso.

Comentário pouco sarcástico: “Jesus curou o doente, alimentou o faminto e tomou conta do pobre tão somente para que não precisássemos fazer tudo isso.”

Basicamente a bandeira levantada em seu livro é que ‘as igrejas’ (no plural) têm perdido o caminho – ou seja a vocação de sua jornada (ou missão se preferir). Postei dias atrás sobre a nossa agenda – ou melhor a falta dela!!

Um conselho para o Bush, dado por George Orwell: A maneira mais rápida de se terminar uma guerra é perde-la.

Um dos caras do movimento Cansei – pisou na bola quando falou do Piauí. E aquela historinha do Piauí de declarar guerra aos EUA? Voce se lembra?

Ralph W Sockman: O teste de coragem vem quando somos minoria. O teste de tolerância vem quando somos maioria.

Já Steven Weinberg tirou essa, sobre religião: Com ou sem religião, você teria gente boa fazendo coisas boas e gente má fazendo coisas más. Mas para que pessoas boas façam coisas más, é necessário a religião.

E pra terminar nosso maior pensador brasileiro (Vicente Matheus): Gostaria de agradecer a Antártica pelas Brahmas ...”

30.8.07

 

Brabo é um cara especial


Meu grande e dileto, irmão e amigo Paulo Brabo completa hoje 40 anos.


Ele é um cara de boas palavras. Sua excepcional escrita vem de uma cabeça privilegiada como poucos. Eu gosto de pessoas inteligentes. Vale a pena acompanhar o que fazem, falam, escrevem. Mas, pessoas inteligentes costumam ser arrogantes, distantes e pouco dadas aos outros.


E com certeza esse não é o caso do Brabo. Ele é singelo, afável e amável. Pelo menos até seus 39 anos (e no período em que o conheço), não tem dado mancada, não!

Mas minha amizade não se prende às suas boas qualidades. Sabemos que é impossível nutrir um relacionamento se não houver alguns atributos básicos, tais como sinceridade e despretensão. Acho que esse é mais do que o caso, pois há uma dedicação isenta de interesse ao outro.

Inúmeras vezes tenho lhe visto só querendo bem ao próximo. Como JC nos ensinou. A golden rule do Evangelho.


E agora, que ele completa mais um ano de vida. Será que, ao ficar mais velhor ele vai mudar ou vai ficar mais experiente? Será que ele corresponderá às expectativas da multidão de seus fãs e amigos da blogosfera?


Com certeza sim! Brabo tem caráter - personalidade, hombridade e um profundo compromisso com o Mestre.

Aos olhos dos empedenirdos do Senhor ele é um redondo, um soft. Pra nós que temos olhos e não vemos, mas sentimos, sabemos do seu mistério monacal: um coração banhado na graça e iluminado pelo Senhor.

Parabéns Paulo, e que Deus continue a lhe inundar.

A foto acima foi devidamente surripiada.


28.8.07

 

Vem aí


O post de hoje está dividido em duas partes.

A primeira é anunciar o que a maioria já sabe. Se saiu lá no blog do Pava, há alguns dias atrás (um dos tops blogs cristãos no Brasil), então o mundão 'gospel' e non-gospel tá por dentro.

Mas pelo menos dou em primeira mão que essa será a logo marca oficial - eis aí o toque original da minha divulgação (ou proclamação, kerigma - se preferir). Tudo indica que será uma publicação forte e bem articulada em-e-para nossas praias.
É um esforço capitaneado pelo grande amigo e irmão Marcos Simas .

- - - -

Quando perco a fala do pastor Kivitz, vou pra Recuperação. Explico! A Eliene, toda segunda-feira me brinda com o sermão-fala do Ed (já sei - os engraçadinhos vão dizer que é o Cristianismo Ontem).
Pode parecer covardia, já que de amigo pra amigo, a gente sempre fica entusiasmado. Mas julgue você mesmo, pelo inicío dessa fala:


O maior retorno que tive, referentes as minhas últimas mensagens, foi a respeito das dúvidas sobre oração. O principal assunto que foi contundente e gerou incômodo, foi quando disse que algumas orações não fazem sentido, estão fora do espírito da inteligência de Deus.

A partir de algumas falas e reflexões, creio que posso ter causado mal a alguns irmãos, e até colocado obstáculo na vida de oração de algumas pessoas.

Sobre: Como devo orar?

E a resposta é: Ore como você quiser. Peça o que você quiser.

NÃO EXISTE ORAÇÃO ERRADA, ERRADO É NÃO ORAR.

Existe oração que não faz sentido, por isso não retiro nada do que disse, mas mesmo não fazendo sentido, não é errada.

Paulo Freire diz que não existe pergunta imbecil. Porque qualquer pergunta é importante para quem a faz. Toda pergunta deve ser ouvida e respondida com respeito.

Por isso, oração errada é aquela que não é feita, é aquela que é mentirosa. Se você vai orar e colocar na sua experiência de oração um filtro teológico ou filosófico, você irá se embaraçar. E se eu coloquei este embaraço, te peço perdão.

Compreenda o coração de Deus, a verdade revelada na Bíblia Sagrada. Perca a ingenuidade e conheça a Deus, mas não deixe de orar!

Se acaso você quiser orar pedindo uma vaga no estacionamento, então peça. Se quiser pedir um sapato número 41, peça! Não andeis ansiosos! Se o problema é uma vaga no estacionamento, se é uma audiência, se é encontrar um marido, ou se o problema é o marido.. ORE!
( a mensagem continua - esse trecho faz parte da transcrição da Eliene, como católicamente - ooops protestantemente me manda toda semana).

Vou sugerir ao Ed, que poste a mensagem inteira (esta é do domingo 26/8/07 à noite) em seu blog, que fica aqui. Fique de olho.

25.8.07

 

Arrisque!




Arrisque mais do que os outros pensam ser seguro
Cuide mais do que os outros pensam ser sábio
Sonhe mais do que os outros pensam ser prático
Espere mais do que os outros pensam ser possível


Máxima do cadete em West Point (thanks to Len Hjalmarson in Next Reformation)

24.8.07

 

Qual a nossa agenda?




Os versos da canção começam assim:


Que estou fazendo se sou cristão
Se Cristo mora em meu coração?
Longe de apregoar o ativismo, quero dar o passo adiante na lógica. Sair da teoria e realmente indagar, já que seremos conhecidos pelos nossos frutos: quais são eles? Diante de um quadro tão carente e tão inundado por desafios, a pergunta deve martelar e martelar no mais profundo de nossa consciência cristã, ultrapassando qualquer limite até que tão somente o Espírito possa nos sustentar.

Falta-nos o batismo da realidade. Falta-nos adentrarmos o mundo do qual Jesus orou para que dele o Pai não nos tirasse. Falta-nos a eleição – além da predestinação, para a vocação de uma verdadeira missão. Falta-nos aquela chamada especial, que nos tira da insignificância e da letargia, ressuscita espíritos combalidos e destruídos e traz no tempo presente homens de fé e de grandeza.

(Hebreus fala de homens maiores do que o seu tempo: dos quais o mundo não era digno).

Qual a nossa Agenda? O que ocupa a nossa mente? O que nos aflige?

Somos tragados pelo nosso isolacionismo, nos perdemos em nossa própria cegueira – no máximo enxergamos a ponta de nosso pé. Outros só vêem até o umbigo. E dele se deliciam.

O que se tornou das igrejas? Narcisistas que se lambem e se auto proclamam o melhor dos filhos (ou o único deles)? Que olha no espelho e se pergunta: há alguém mais santo?

Roberto Pompeu de Toledo, prega todos os domingos para a nação brasileira. Sem filiação evangélica, treino teológico e com parcos conhecimentos bíblicos – e mais: sem ter recebido aquela unção abençoadora – ele prega. E como prega!

Veja, ele inicia o sermão do domingo passado (uma homilia raríssima em nossos púlpitos):

Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil
acabou.
E elenca os sinais:

. falência do congresso e de outras instituições;
. inoperância do governo;
. a escola que não ensina;
. os hospitais que não curam;
. a polícia que na policia;
. a Justiça que não faz justiça;
. a violência, a corrupção, a miséria, as desigualdades ...

Talvez por corporativismo (enrustido e indireto) ele tenha preservado a Igreja (e não estou escrevendo da Católica).

O certo mesmo seria acrescentar às palavras de Roberto:

. pastores que não pregam;
. evangelistas que não evangelizam;
. adoradores que não adoram (ao Deus vivo);

e

. cristãos que não amam.

De novo ressoa em meu consciente: “que estou fazendo se sou cristão?

Realmente falta-nos uma agenda.

Tem muito cristão-teórico que tem horror à Nietzsche (aquele mesmo). Só que, por total ausência de agenda, nada fazem para desmenti-lo:

Só conheci um cristão, e ele morreu na cruz.

21.8.07

 

Rio

Saio do Santos Dumont a pe. Sera que vou me lembrar do trajeto ... Ligo o automatico.
A senhora quer interromper minha caminhada apressada. Dou uma de paulista babaca e nem olho pros lados. Deixe-me fixar a mente - "Foco e' tudo" - General Custer.

Estou me achando - fisica e geograficamente.

Paro pro cafe' - saladinha de fruta e outras frescuras. O carioca tem um jeito diferente (e legal) de se cuidar. Da' pra sentar.

O primeiro post no Motoq a gente nunca esquece (experimente escrever sem tils).

20.8.07

 

Fala que eu te escuto!



Fonte: Indefinida (recebi pelo Toscano)

16.8.07

 

No filme Um Dia de Fúria, o personagem principal passa por várias situações de stress extremo, e a manhã ainda não tinha terminado. Ele resolve tomar café da manhã numa loja fast-food. Sua irritação volta à tona quando descobre que por meros 2 minutos ele não poderá mais pedir breakfast, limitando-se ao cardápio do almoço.

Ele retruca para a moça do balcão e depois para o gerente da loja:

- Vocês já ouviram a expressão: o cliente tem sempre razão?

- Aqui não temos essa política – responde o gerente. Você terá que pedir do cardápio do almoço.

Essa singela ilustração nos remete à Igreja dos dias atuais. A instituição (com sua política interna) engessou a vida e o soprar do Espírito. Imagino cenas semelhantes acontecendo semanalmente. Os jovens, o novo convertido, o mais avivado, o irmão comprometido, a irmã de oração – cada um deles com suas solicitações e demandas.

- Devemos amar uns aos outros acima de tudo.
- Vamos articular um grupo de oração.
- A turma do louvor vai se soltar.
- Temos que parar com isso – são dois pesos e duas medidas.

E aí vem o pastor, o presbítero, o líder e respondem: Aqui não temos essa política.

A institucionalização do Cristianismo é hoje um dos grandes entraves na geração de vida cristã autêntica, de reavivamento e de um possível despertamento espiritual.

15.8.07

 

O Espirito sopra


Há um mover diferente do Espírito que transcende e suplanta as cercas locais, atravessa as fronteiras denominacionais, arrebenta com as hierarquias institucionais, fluindo além mares para o globo todo. E não importa a distância que nos separa, ou mesmo a que nos une – estamos pertos e estamos conversando e interagindo.

Se de um lado acompanho a Vilma e o Jorge na terrinha, sei que lá na Índia a Poliane me acompanha também. Aqui na blogosfera somos todos premebaticostais – e não adianta negar. Há um sopro que não se contém. Se é emergente ou submergente. Se é aspergente ou imergente. Se é versivo ou subversivo. Não sei. O que sei, é que é o Espírito.

Um dos trabalhos mais lúcidos para se explicar a dinâmica do mundo globalizado e digital, esse mundo da colaboração, da amizade e das conversações, tem o título de A Catedral e o Bazar (autoria de Eric Raymond). Por mais iconoclasta que seu conteúdo seja, a realidade está diante de nós.

Na Catedral temos silêncio, ordem, direção definida, uma só pessoa falando. No Bazar a bagunça é a palavra de ordem, o contato pessoal impera – livre e solto. Os relacionamentos acontecem incessantemente criando novas amizades e fortalecendo laços passados e presentes. No Bazar não há ordem, não há direção definida (nem comandada). Todos falam, todos conversam.

Foi nesse Bazar chamado blogosfera que fui brindado pela amizade do Luis Fernando. E nesse clima de feira, de interação contínua, de troca de posts e de comments, ganhei o livro: FÉ EM DEUS E PÉ NA TÁBUA, do Donald Miller. O texto é uma bandeira contra o chamado Cristianismo de franquia e a religião institucionalizada. Há muitos anos atrás um Homem muito especial pensou, pregou e viveu assim.

 

Conhecido por Jó

A tristeza chegou a inundar-lhe até as entranhas. O sentimento corroia de alto a baixo. Ouriçava-lhes os pelos. As lágrimas não lhe visitaram, os olhos não marejaram. A dor sucumbia-lhe como ser vivente.

A tal ponto chegou lhe a melancolia de querer a morte. Mas mesmo assim, a morte seria boa demais para ele. Então ela não veio. Veio o sol, veio o fardo, veio o calor. Nem mesmo o desmaio lhe era permitido ou concedido. Só lhe restava seguir - a tristeza à frente, por dentro e em todos os lados.

A tristeza lhe consumiu de um só gole. Agora, carregada com a dor seu sofrimento ampliara.

Nascido para sofrer. Uma missão, um foco, uma vida. Voltada para a morte. "Será que poderei ser outro abandonado?" Nem essa grande graça lhe foi concedida. Rejeição total.

A tristeza permanecia mais intensamente. Ao cair da noite, caminhando, absorvido em seus pensamentos e angústias. A perfeita ilustração da solidão.

Será que o meu Redentor vive?

10.8.07

 

Não é bom ...

Se um irmão que não pensa exatamente como eu, passar por algum tipo de provação pública, não é bom se:

- me alegro com a situação;

- estabeleço causa e efeito entre a provação e seu jeito discordante de ser;

- multiplico as vozes que manifestam desdém, desprezo e arrogância;

- precipito minhas conclusões;

- me mantenho à distância, encarapuçado em falsa neutralidade.

Tem coisas que o mais simples cristão percebe que não é bom!

Por exemplo, quando uma igreja cristã:

- faz publicar anúncio público de discordâncias e cismas;

- tem sua liderança representada por uma família (ao invés de indivíduos com nome e sobrenome);

- estabeleça forma de governo não-bíblico (liderança hereditária).

Não é bom ver a Igreja como ela está.

8.8.07

 

Eclesiastes XXI

A vaidade é um buraco. Um vazio. E o homem a leva consigo pensando ser preciosa carga. Sua companhia, ele pensa, me sustenta, me dá sentido, me faz ser homem.

A vaidade é um abismo. Uma imensidão escura. E iludido por sua importância, crê o homem que ali jaz sua sombra. É minha esta grande sombra, ele pensa, ela se esparrama como meu poder se espalha.

A vaidade é uma distância. Um abandono do porto de partida, a perda total de referência, a jornada incessante rumo ao nada. A falsa liberdade do ‘eu sou eu’. Quanto maior, mais longe estou. E longe permanecerei.

A vaidade é minha barriga, minha pose, meu sorriso. Eu me acho, e quero que os outros me achem. E que ninguém duvide. E que ninguém tire seus olhos de mim.

Todos são mais fracos que eu – desprezo-os todos, olhando-os por cima. E, se alguém ousar se rebelar contra a ordem das coisas, dou-lhe minhas costas.

A vaidade é um ídolo. Alimenta minha alma e me seduz. Não quero acordar – minha vida é um sonho. Dopado em meus sentimentos, nela permaneço. Sou mais que um homem. Sou a própria vaidade!

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