28.2.09

 

Medo dessa Igreja


Leio em vários lugares acerca do pastor-dublador que se recusa a participar de mais um filme como a voz de Sean Penn no filme Milk. Penn, agraciado com o Oscar de melhor ator (pela segunda vez), interpreta Harvey Milk, o primeiro político abertamente gay eleito para uma casa representativa - no caso a Câmara de vereadores de San Francisco. Foi assassinado por um adversário político aos 48 anos de idade.

Até aí nada demais. A escolha do papel deve ser uma decisão do profissional. Nem sei se realmente ele fez em outros filmes a voz do Sean Penn. Essa informação (de que ele seria a voz do ator) está escondida do público ou foi uma forçada de barra jornalística.

Acontece que esse mesmo pastor-dublador fez outras vozes de biografados (Charles Chaplin e Ray Charles) e outros personagens muitíssimo abaixo dos santos padrões evangelicais (incluíndo-se a voz de Robert Langdon (interpretado por Tom Hanks) o herói de O Código da Vinci!).

Logo, logo veremos discursos efusivos (acobertando o padrão duplo) e postagens de defensores da pureza (?) evangelical. Isso é doentio. E é dessa igreja que tenho medo.

Veja os comentários a respeito dessa notícia, e como o nosso povo reage, aqui.

20.2.09

 

Uma revolução acontecendo

Não é para se ficar surpreso. Há uma revolução em andamento. Sorrateira, ela envolve o mais poderoso ingrediente da mudança e transformação: pessoas.

São pessoas do mundo inteiro fazendo suas vozes - autênticas, verdadeiras e pertinentes - serem ouvidas nos quatro cantos da terra. Quando li pela primeira vez o Manifesto Cluetrain, fiquei besta diante da visão clara de um futuro que me parecia remoto demais. Hoje vejo como a revolução antecipada se espraia em todos lugares.

Há um componente extra de entusiasmo. Os fraternos! São muitos, irmãos e irmãs que se interligam, conectando-se em múltiplas redes e efetivamente fazendo a igreja virtual uma realidade.

Bem vinda revolução!

15.2.09

 

Oração e Tua Vontade

Oração é o ato de se tornar parceiro de Deus para realizar a história na criação. E dizer:
"seja feita a Tua vontade".


Ariovaldo Ramos

10.2.09

 

Saída

Saímos em sua companhia, Regina, eu e seu irmão. Revisamos o que é a vida, relembrando tanto o passado como o futuro. É certo que o faremos de novo no amanhã. Sonhos podem ser conjugados em diferentes tempos.

Deixei de lado regime, e o recém voto de abstenção temporária. O vinho, de promoção - português como só. Deu mais um tom, mais uma cor, mais um aroma ao ambiente e ao momento.

Revivemos, relembramos e rimos. Projetamos, sonhamos, oramos - quase choramos.

Saúde! Ao dia de hoje, ao momento agora. E não deixemos de sonhar ...

9.2.09

 

Saindo do Fim de Semana

O calendário pregou-me bela peça - o fim de semana eu não entrei, e sim saí dele. Os ponteiros do meu relógio (a parte analógica dessa máquina que quanto mais passa o tempo menos desatualizada fica), marcaram mais de 36 horas intercaladas de atividades e caminhadas ao redor do projetor e de 'eslaides' coloridos.

Me perguntava no almoço e discutia com meu interlocutor o caminho. Avaliação de bate pronto. São Felipe havia me perguntado ontem se eu estava 'crazy' ... respondi-lhe que nascera ou de criancinha assim me tornara e ontem havia excedido. Estou chegando lá ou saindo de lá? Da loucura ou do fim de semana. Do lugar certo ou da partida certa?

O tempo - e eu tenho pouco, me dirá.

4.2.09

 

Coloque as barbas de molho*


Quando o povo, agindo como rebanho intensifica o pensamento em quase unanimidade - coloque as barbas de molho.

Quando há uma volumosa percepção na superfície, de contentamento com o mundo que nos cerca e com o andar da carruagem - coloque as barbas de molho.

Quando se ouve nos cantos, esquinas, ruas e bares, alegria efusiva e pouca preocupação e consciência - coloque as barbas de molho.

Quando há entre as pessoas, desconexão com as agruras do presente, uma ilusão crescente impedindo de se ver o mundo como de fato é e está, e uma fantasia que toma corpo e se intensifica - coloque as barbas de molho.

* Com óbvio viés machista - expressão popular de época em que se atribuía honra ao uso de barbas. No espanhol a expressão inteira seria: "quando vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, coloque as suas de molho." Pelo uso descabido, peço licença às queridas leitoras deste blog.

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