30.9.08
Ser Cristão
29.9.08
Ensaio Sobre Saramago
Ele é um gigante da literatura, um dos grandes artífices da palavra escrita, um monstro das artes e da comunicação. Prêmio Nobel de Literatura (1988), e outros grandes méritos e reconhecimentos. Ganha grande repercussão hoje, além do mundo das letras, com o filme “Ensaio Sobre a Cegueira”, baseado em sua obra.
É de conhecimento comum o ateísmo de Saramago. Uma opção ao longo de sua vida e cristalizado em seus escritos e manifestações.
A nós que cremos, e a nós que cremos no amor e na compaixão, o que podemos pensar desta situação? Com quem ele pode compartilhar essa emoção interior?
Imagens captadas pelas lente do filho de Fernando Meirelles, sentado ao lado de Saramago (diretor do filme).
28.9.08
Alguns confiam ...
A Bíblia conta histórias de um povo subjugado por poderosas forças militares dominantes.
São os egípcios, os babilônios, os assírios, os persas, os romanos. A Bíblia conta de diferentes minorias que são conquistadas pelas botas das gigantes potências militares daquele tempo, pisando em seus pescoços.
Então quando você lê esse livro e lê as histórias aqui contidas, você que é cidadão da nação mais poderosa da história da humanidade, você talvez perca algumas das ideias centrais [que a Bíblia traz]. Porque quando ela diz: alguns confiam nas carruagens, mas nós confiamos em Deus - e você que faz parte de 6% da população mundial mas tem 42,8% da força militar mundial – é você quem está com as carruagens!
Correto? Minha preocupação é em como podemos entender a história das Escrituras e de alguma forma separarmos a cruz da bandeira, o suficiente para que não engulamos ou cheguemos a apoiar e promover algo que está diretamente contrário aquilo que Jesus veio nos libertar!"
27.9.08
Sobre livros
Qual a diferença entre um idiota e um imbecil?
26.9.08
Sobre a Crise 2
Sobre a Crise
Bono:
25.9.08
É possível
24.9.08
Eu quero ser Gonzo
Tendo conseguido chamar a atenção, e o dedilhar valoroso no comments, de três diletos leitores-amigos (ou seria amigos-leitores?) - praticamente batendo o recorde da imediaticidade de respostas num post - resolvo continuar aqui.
Devo lembrá-lo que um disciplinado pode correr atrás do vento com a sua disciplina tanto quanto um indisciplinado esconder-se atrás da sua inércia. Há indisciplina criativa e disciplina estéril, e vice-versa. Semelhantemente, às vezes requer-se mais coragem para ser indisciplinado do que para mergulhar na doce cortina de fumaça da disciplina. Tudo depende (now was that relativist enough for ya).
Bem dito, meu caro Brabo. Quero ser o gonzo da história: ou seja aquele da disciplina criativa e da indisciplina produtiva. Quero ser o Van Gogh que retém sua orelha e não explode seu próprio ouvido (apesar que o tiro foi no coração). Mas quero ter a mesma coragem que ele teve - de ser ele mesmo, de mergulhar por inteiro, corpo e alma no seu chamado. E quero ser plena e totalmente obcecado por, e naquilo, que Deus me deu. E deixar todo o resto (inclusive a indisciplina do supérfluo) para depois - bem depois.
23.9.08
Eu, o Indisciplinado
22.9.08
A Índia
A confirmação veio via Portas Abertas - uma organização seríssima e confiável.
Junte-se a mim, e a outros irmãos, para que façamos um forte campanha via email junto ao Consulado e Embaixadas. As instruções estão aqui.
Hoje mesmo mandei uns emails (repetidamente) em inglês para os endereços marcados. Estou pedindo resposta. Vamos ver se existe uma espécie de SAC-pcsi (Serviço de Atendimento aos Cristão preocupados com seus irmãos).
E é claro - em silêncio ou em voz alta, vamos interceder também!
21.9.08
Silêncio e Oração
Faço foco. Independe o meu fechar ou não os olhos. Concentro-me: em Deus – o Pai, o Filho e O Espirito Santo. Clamo e converso. Choro e falo. Esforço-me e relaxo. "Deixe estar e vá em frente. Desembuche."
Ele é todo ouvidos e mesmo no meu silêncio Ele me ouve. São meus pensamentos, minhas angústias. Ele já ouviu e já sabia, e já sabe.
O silêncio toma conta. Não dá ordens, não impõe regras. Mergulhado em solidão e solitude, percebo que estou muito bem acompanhado. Nada de música, nada de falas, nem um respeitoso balbuciar.
Pensamentos atentos e construídos. Pensamentos fluídos e descontruídos. Não são palavras que tem que subir aos céus. Sou eu que tenho que me entregar a Aquele que chega. Não são pedidos que devem ser colocados. Sou eu que me rendo aos pés de quem está no trono, na cruz, à frente da sepultura vazia, à destra do Pai. Sou eu que agradeço, que me ofereço – e sou recusado. Que aceito e agora sim, Ele me aceita.
O silêncio vem. Ele se achega. Faz parte dEle e é dEle: nada falar, nada querer. Já tudo falou, tudo quer e nada pegou. Tudo devolveu e um pouco mais. E ainda assim, Ele aqui está. No silêncio e na solidão.
O pleito é esquecido. O clamor se apaga. A réplica, reclamação, desabafo ... onde foram parar?
Um fraco que esquece - com que facilidade esqueceu! Foi intimidado, e se anulou. Diante dEle – que mais posso esperar? E ainda digo: 'muito obrigado, Senhor'.
Há oração? Sim – e muita. Mas em silêncio, eu não oro! Como posso orar?
Eu contemplo! Há o que pedir, o que mudar, o que em fé esperar? Sim – e muito, e muito ... Em silêncio me rendo. E nada peço.
Não tenho o que pedir. Obtive tudo e mais um pouco.
- - - -
Já sei: oração é louvor e adoração.
- - - -
Silêncio!
19.9.08
Mudanças
Se no passado a questão de viver era uma coisa simples que nos aguçava como seres humanos, hoje é profundamente complicado. O que era simples se tornou complexo, confuso e multifacetado.*
É possível, e aí me dirijo aos mais velhinhos como eu, que a revolução e a transformação que tanto desejamos para a Igreja (os círculos evangelicais, evangélicos, ou simplesmente cristãos – whatever) , deve passar – em sua grande parte - por aqueles que uma vez já estiveram em ‘ministérios’ de jovens.
Haverá certamente uma razão – forte e determinante para isso. Mas não entrarei em arrazoados agora.
Os de geração em par, que nos idos 80 (tire um pouco, ou acrescente), historicamente viveram o soprar das para-eclesiásticas (principalmente voltadas para os jovens) terão condições e serão convocados a ajudar no processo de resgate e transformação. Que virá. Creia-me.
São esses que, à semelhança deste, viveram entre admirar Billy Graham e Martin Luther King. Ao primeiro emprestamos reverência e tempo, e nos deixamos influenciar – até inclusive a nos dirigir. Tivemos o nosso tempo e a Igreja obteve certo retorno. Só que chegamos onde chegamos.
Passado pelo menos uma geração, e olhando para trás, percebemos que a pessoa do King fez falta. E que o Billy foi desvirtuado. Não ‘ele’ pessoa, nem sua teologia ou seu ministério. Mas ele, Billy Graham, pelo que representava e representa!
Agora o nosso Martin – o Mártir, morto há quarenta anos, pouco pode fazer. Por isso é que vem o sentimento de vazio. Ao longo do caminho perdemos algo. E a conseqüência está aí.
Creio que eu e você (não olhe para o lado – nos conhecemos a tanto tempo, e nos cruzamos em tantos lugares, ocasiões e ministérios), direta ou indiretamente, vamos ter que nos juntar, colocar a mão no arado e não olhar mais para trás.
Temos muito a fazer!
Como diz nosso intelectual preferido: “I’ll be back!”
*A citação literal não foi traduzida. Eu adaptei mas o crédito é de Woodrow Wilson, provavelmente dita em 1911: “Once—it is a thought which troubles us—once it was a simple enough matter to be a human being, but now it is deeply difficult; because life was once simple, but is now complex, confused, multifarious.”
18.9.08
Experimente
17.9.08
Jesus - 6
16.9.08
Melhor foi o Comentário
O cara colocou assim: com licença que preciso limpar o meu teclado, acabei de chamar o gabrieeeeel ...
15.9.08
Num Domingo Qualquer
Ontem o pastor Ed René Kivitz esteve falando por ocasião dos oitenta anos da AEB - Associação Evangélica Beneficente. O culto de celebração aconteceu na Catedral Evangélica (1ª IPI de São Paulo), reconhecidamente um ambiente mais formal pelo seu rigor litúrgico. Na música tivemos a participação de Carlos Eduardo Vieira e Dorothea Kerr, e da própria orquestra da AEB, com sua cantora revelação Mariana Sabino Jardim (marquem esse nome!).
14.9.08
Jesus - 5
Logo após a nossa conversão – o encontro com Cristo ou a aceitação da mensagem da salvação, somos instados a 'estar na vontade de Deus'. Essa ênfase, apesar de em tese correta, carrega vícios e incompreensões perigosas, pelo excesso de religião e legalismo.
Primeiro que não existe o centro da vontade de Deus para a vida do cristão.
Em segundo lugar, que a vontade e o comportamento são resultantes de uma causa anterior na vida do cristão, e isso em si é recomendado, enfatizado e até ordenado por Jesus. Vou procurar assim ser simples, curto e muito objetivo.
Logo após a nossa conversão ou compromisso com o senhorio de Cristo, deveríamos – isso sim – ser impelidos de imediato a conhecer o significado de João 15, quando Jesus nos trata como ramos da videira, Ele mesmo sendo a própria e a verdadeira e o Pai sendo o agricultor. A figura central aqui é totalmente pertinente ao novo viver. No verso 5 temos mais uma chave: permanecer nele para que Ele permaneça em nós. E quando isso é verdadeiro, há muitos frutos. Ou seja, o ramo (galho, extensão) da árvore, dá sentido: faz fluir frutos.
Nos versos seguintes Jesus esclarece um pouco mais: se pemanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será concedido. Ou seja só haverá uma só sintonia entre o que se quer orar e pedir, se estivermos com Ele e somente se as Suas palavras estiverem também em nós.
Só de seguir do primeiro ao sétimo verso já 'desmascaramos' muito do que é o Cristianismo de gaveta. Utilizo aqui uma figura de linguagem corporativa. Quero dizer 'por gaveta' quando publicamente se transmite uma aparência de compromisso, como se este fosse definitivo, mas que é tão somente de fachada. A verdadeira agenda está escondida na gaveta – onde poucos a conhecem. Externa-se através da dissimulação o que se quer dar a entender, porém não é o que importa - pois o principal está escondido.
Só que temos mais desdobramentos no texto da videira verdadeira. Meu Pai é glorificado nisto: em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Pegando então o fio da meada: permanecer em Cristo, permanecer nas palavras, atuar na cumplicidade (conheço tão intimamente o Mestre, permaneço tão fortemente nEle e nas Suas palavras, que falamos a mesma língua naquilo que peço e oro, e que me é concedido). Essas ênfases são de mundo interior. E o que fazemos a partir daí é mundo exterior.
O ser discípulos é mundo interior, o dar frutos é mundo exterior. O permanecer nEle, na palavra, buscar a glória do Pai, orar (pedir e ser concedido) é mundo interior. E mundo interior é causa. Os frutos, as ações, o amor expresso – é mundo exterior. E mundo exterior é o efeito (a conseqüência).
Está aí objetivamente a vontade de Deus expressa: sermos discípulos. É isso que importa. Essa é a verdadeira agenda. Oito simples versos, que quando levados a sério, faz cair por terra a discussão do centro da vontade de Deus.
Façamos certo o princípio, o início da verdadeira agenda. Só de botar o pé nessa estrada, como discípulos, já estaremos garantindo uma boa e certeira caminhada cristã.
13.9.08
Acontence ...
Hoje de manhã, dando tapas na Constituição e nos Estatutos da Convenção da AD do Brasil, Silas Malafaia invoca o direito de criticar a própria Convenção, o jornal Mensageiro da Paz, e os rumos administrativos da sua denominação.Tudo isso repetindo histrionicamente com agudos cintilantes e falcetes enfáticos. Sua cara de braveza realça as veias que lhe soltam na testa acompanhando a calvice avançada. O arregaçar de ombros quando de pé, após abotoar o paletó do terno, dá-lhe um sinal de majestade. E em seguida coloca o dedo na lente da câmera balançando-o diante do telespectador. Hmmmm ...
Malafaia chama na chincha a politicagem. Enfatiza a falta de cobertura (jornalística) para si, e trata com desdém as matérias que o Semanário escolheu publicar. Utiliza recursos da televisão para esconder os detalhes – mas avisa que qualquer leitor saberá de quem e a quem ele se dirige. E depois de morder, assopra. Elogia a cobertura jornalística do mesmo Mensageiro da Paz, para o evento dos Graham (pai e filho) em Novembro. Sem antes justificar sua postura: “eu critíco mas também sei elogiar”. Isso porque ambos são batistas e que “tem muito xiita na denominação que não reconhece outros irmãos”. Um sinal de equilíbrio e justeza. Hmmmmm ...
Faz um desafio: diz que será o maior comprador de produtos da CPAD se derem a ele o status de Distribuidor, pois tem limitação de desconto por ser considerado Lojista. Está de olho comercial para ajudar a espalhar a literatura por esse Brasil. Justifica que se tornou a número dois das Editoras evangélicas em menos de dez anos. E que fala para valer: “serei, a exemplo de como hoje sou o comprador número 1 da Mundo Cristão, basta me darem a distribuição (a CPAD), que também serei dela o número 1!” E – tal qual duelista-rápido-no-gatilho de filmes B de Western, esbraveja: “marquem hora e local que eu assino”. Hmmmmmmmm ...
Ao falar da Convenção que acontecerá no ano que vem, e antecipando a intensa disputa pela presidência da Instituição, se declara como um atento e ativo participante. Não diz que é candidato, nem de como participará das disputas. Mas assegura que o jogo democrático será para valer, no jogo pleno e democrático – onde cada voto vale. E que crê no processo de qualquer eleição, e respeita o resultado das urnas. Mas alerta que não admitirá qualquer tentativa “a exemplo do que acontece no Futebol, de perder no tapetão”. Tem o top da assessoria jurídica ao seu lado. Hmmmmmmmmmmmmmm ...
E se alguém tentar com mentiras ou com manobras impugnar sua participação ou mesmo diminuir seu poder (ou liberdade), diz Malafaia que ele não vai aceitar ou deixar o outro impune! Relatou por final que no ano passado, “correu um zum zum zum de que eu estaria sendo processado por uma aeromoça por assédio sexual”. Diz ele, que descobriu quem era a fonte da fofoca, e que foi até o sujeito confrontá-lo. Que o cara respondeu que era aquilo mesmo e que não iria desmentir. E que ele deixou por isso mesmo. Hmmmmmmmmmmmmmmmmmm ...
11.9.08
Sempre os mesmos
10.9.08
Jesus - 4
Mesmo assim Jesus se entregou à Sua missão desde o início. Sabedor que havia um marco definido lá no horizonte, e a cada dia que acordava, Ele chegava mais perto. A Sua jornada, o desenrolar de Sua agenda ‘mundana’, era o caminhar no corredor da morte!
A Cruz estava posta diante dEle ao final, servia como alvo, como marco (aqui Você vai parar). E seria nesse ponto que Ele daria a Si mesmo como clímax, no e pelo amor de Deus.
Para os meros mortais, a morte vem com ‘default’ (pra usarmos terminologia bem tecniquês e moderna). Morrer: sabemos que isso faz parte da nossa existência. Só que há um contraste com Jesus (o segundo homem – nascido do céu). Por sua própria natureza, Ele não teria e não deveria morrer.
No entanto Sua vida que era eterna, tomou o rumo da cruz. A cruz estava lá, pois foi por Ele escolhida. “Ninguém tira a minha vida, eu a dou”. Significa rendição ao caminho que o Mal também Lhe preparava. Mas Ele trilhava esse caminho, não como derrotado, pois o fez por opção. Sua escolha foi de entregar a Si mesmo como sacrifício.
Reclamam por aí de não se entender o sofrimento humano, ou mesmo da dificuldade em aceitar doutrinas mais elaboradas (ou ousadas, ou extremadas). Vá agora tentar entender a morte de Cristo! Aquelas picuinhas são ramelas. Atrapalham a visão do melhor e do principal. A morte de Cristo é central – nuclear e vital!
Leio sobre Bonhoeffer comentando sobre Marcos 8:31-38. Jesus realmente teria que sofrer e ser rejeitado. As Escrituras deveriam se cumprir. Com a rejeição, a glória de ser o Messias é também usurpada! Eu e você (e sem disputa aqui, por favor), fizemos isso com Ele. O levamos ao sofrimento e à rejeição.
Toda a paixão-páscoa é roubada de sua glória! Um vazio total. Na cruz de Jesus temos o sofrimento e a rejeição juntos. É o escândalo da cruz que muitas vezes não entendemos. E pior, ao não entendermos a própria cruz, não entendemos o nosso discipulado!
Na cruz é a solidão, o abandono, o próprio Cristo desamparado. E foi no vazio de Sua solidão, rejeitado e sofrendo, que Ele morreu por nós.
9.9.08
A Retórica do Medo
A America se tornou uma nação consumida pela ansiedade, preocupada com terroristas e nações imprevisíveis, Muçulmanos e Mexicanos, as empresas estrangeiras e o comércio livre, os imigrantes e as organizações internacionais.
A mais poderosa nação na história do mundo, agora encara a si mesma sitiada além do seu próprio controle. Enquanto a administração Bush tem contribuído fortemente para esse estado de coisas, é um fenômeno que ultrapassa um só presidente.
8.9.08
Jesus - 3
Além de João ter descrito a Jesus como o Alfa e o Ômega, é Paulo quem o chama de último Adão e de segundo homem. Nota-se que não é o segundo Adão e nem o último homem. E essa pequena distinção realça uma grande diferença.
O último Adão é espírito vivificante. Isso significa que há um término, um encerramento. Finito! Ou seja o Adão representa o homem natural e toda a sua raça – e com ele (a pessoa) e com ela (a raça) a queda. Já com o último Adão inaugura-se a raça espiritual – resgatada e ressuscitada. Há um ponto final. Reconciliação de toda a criação, de todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.
O Alfa e o Ômega, que vem representar o princípio e o fim, e a Eternidade - interfere na história para dar uma basta, para encerrar, para dizer 'finito!'. É algo muito forte e demorado para se digerir. Vá com calma.
O segundo homem é diferente do primeiro. Adão – o primeiro, formado da terra (dois sentidos aqui) é terreno e alma vivente. O segundo, tendo existido antes que o mundo fosse mundo, antes que a criação viesse a existir. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, [em que] tudo subsiste. É portanto um segundo homem, não por ordem de chegada ou qualquer outra medida cronológica. É segundo pois nós conhecemos o terreno primeiro, e somente após termos nascidos (e por termos nascidos dele) e termos tido consciência da vida é que viemos a conhecer o segundo homem. E é e será esse segundo homem que nos traz a salvação.
Ele não é à nossa imagem – nós é que somos à sua imagem. Ele é do céu – e nós terrenos. Ele já estava lá quando fomos criados.
O Alfa e o Ômega agora se somam ao último Adão e ao segundo homem – se somam em nossa compreensão para entender que Ele também é espirito vivificante, homem celestial.
O unigênito do Pai, é também o primogênito de entre os mortos. O que inicia sem iniciar, no infinito – sem nenhuma possibilidade temporal ou física. E se encerra no Ômega, sem terminar, no infinito. O princípio e o fim é Jesus. Jesus é o Princípio e o Fim.
7.9.08
Jesus - 2
Para muitos poderá parecer uma hiperbole. Primeiro precisamos considerar que este Evangelho se concentra, praticamente da segunda metade em diante, tão somente na última semana da vida de Jesus. É evidente que apesar do relato resumido, há riqueza nas transcrições de Suas falas e orações, bem como o foco final na ressurreição e seus aparecimentos públicos. E ao final, João conclui seu escrito, nos dizendo que os relatos dos feitos de Jesus não caberiam nos livros – fazendo-nos imaginar qual amplitude da profícua operosidade de suas obras.
Lembremo-nos tambem que Jesus é o Logos. O Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus! Desde o princípio. Esse Verbo que se fez carne, e habitou entre nós (meros mortais – de seu tempo), habitou cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Creio que está aí mais uma das facetas da originalidade de Jesus. Não precisava de agenda, relógio, técnicas de administração de tempo ou de estabelecimento de prioridades. Jesus era para ser o que Ele era (e ainda hoje o é): cheio de graça e de verdade. Essa graça e essa verdade andou, viveu e se relacionou com os seus em seus dias. E nada igual pode ser imaginado ou descrito de forma plena e total.
Como escrever? Como relatar? Como listar, uma a uma? Como ser preciso e fiel a tanta produtividade de feitos, ações, milagres e transcedências?
Imagino aquelas cenas onde a câmera faz o giro continuado, percorrendo os 360 graus, em quadros acelerados para mostrar o dia passando em poucos instantes. Jesus ao centro, as multidões ao seu redor, em espirais que vinham, se aproximavam, e satisfeitas se distanciavam após Jesus operar seus feitos: uma parábola, um sermão, uma cura, um milagre ...
E assim se sucedem seus feitos, acrescidos de muitas expulsões de demônios, vários diálogos – sucessivos embates, gerando quase sempre frustração em seus interlocutores de coração empedernidos.
Para João o impacto de toda essa experiência vivida com Jesus (ao lado dEle e com Ele) teria sido enorme. Observou de perto a riqueza das ações que proviam do próprio Deus – o Verbo – encarnado e homem como nós. E em cada detalhe, em cada sutileza, em cada pequena minúcia de gestos verdadeiros e autênticos, havia uma magnitude incomparável.
João, o Apóstolo amado, observa de perto o Amor em sua expressão maior. Ações que expressam esse amor incomparável e singular. E observa o próprio Jesus, que é o Amor em pessoa.
É por isso, que esse amor infinito e seus feitos, não cabem em todos os livros que seriam escritos.
6.9.08
Jesus - 1
Não importa - as indicações apontam como flechas para Ele e dEle partem nas mais diversas e diferentes direções. Incluindo-se as dimensões do tempo: passado, presente e futuro.
Ao estudarmos sobre e de Jesus, logo aprendemos que Ele é o Alfa e o Ômega - o princípio e o fim. Ou seja Ele é o passado e o futuro, e ao longo do caminho Ele está ali também: no presente.
O que nos fascina tanto em Jesus? Historicamente, no meio de suas realizações sobrenaturais, miraculosas e extraordinárias, está lá o homem na estatura perfeita. O realismo e a exclusividade na singularidade de sua história se contrapõe com toda e qualquer obra ou criação humana - mesmo a ficcional.
Ninguém ousaria, conseguiria, poderia e jamais terá capacidade para pensar, criar e imaginar o que Este personagem acima de todos os seres viventes e além de qualquer protagonista de estória - teria sido e vivido. É e está fora de nosso arquétipo mental, de nosso paradigma, de nossos mundo, de nossa imaginação e de nosso pensamento.
A originalidade de Jesus é total. Sua existência é original, assim como seus feitos, suas obras e seus dizeres. Desde ontem e para sempre.
5.9.08
Confrontos
4.9.08
Internet e novidades
Apesar desse afã por novidade e pioneirismo, devemos estar atentos também ao que com o tempo fica melhor e preserva valores importantes e essenciais - criando sabedoria e bom conselho.
Pensando em parte em meu pai, e atrelando à oportunidade que muitos de nós temos de olhar para cima (no sentido daqueles que já percorreram mais do que nós, na caminhada desta vida), e usufruir da companhia, do diálogo e até mesmo do conselho que postei no Espicaçando o Marketing algo sobre isso. Aqui!
3.9.08
Filantropos, uni-vos
Lou Mello
É provavel que juntamente com Brabo, o Lou seja um dos mais fortes candidatos ao Nobel da Literatura Blogueira. Desde os tempos de Vocacional, ele vem se preparando para hoje ser um expoente nas expressões escritas distribuidas gratuitamente, porém (verdade para todos nós que blogamos - sem nenhuma exceção) com segundas intenções. É claro que vou cometer injustiças - mas para minimizá-la devo citar a nossa grande inspiradora Alice - poetisa maior.
Ele nos brinda com mais uma novidade. A Filantropia - que, como discípulo de Dale Kietzman, é a sua Chamada. A Gruta tem propósito (taí o nome de um livro!).
2.9.08
Fé
Em seguida temos o Credo Niceno-Constantinopolitano, que em 381 revive o Niceno e dá-lhe uma nova roupagem com uma abrangência maior. Os principais ramos do Cristianismo seguem esse Credo – tanto os Católicos, como os Ortodoxos, Anglicanos e Protestantes variados.
Ou seja, além da Bíblia, há muito em comum no que crêem esses cristãos!
Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Cremos em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, gerado do Pai desde toda a eternidade, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas foram feitas. Por nós e para nossa salvação, desceu dos céus; encarnou por obra do Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e fez-se verdadeiro homem. Por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; sofreu a morte e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai. De novo há de vir em glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Cremos no Espírito Santo, o Senhor, a fonte da vida que procede do Pai; com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Ele falou pelos profetas.
Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir. Amém.
1.9.08
Literatura Americana
Após ter acompanhado os discursos de Barack Obama e ter assistido (como torcida) ao grande show de democracia (nós temos muito que aprender) na Convenção do Partido Democrata dos Estados Unidos, estou mais do que convencido de que eles - os democratas - estão mais para Literatura do que para Gramática.
Do outro lado temos o Partido Republicano. Apesar da síndrome do terror, uma artimanha manipuladora, creio que a bandeira destes é de fato a Gramática. Logo ...