10.9.08

 

Jesus - 4

E pensar que Sua vida terrena culminaria em morte – morte horrenda, de sofrimento?

Mesmo assim Jesus se entregou à Sua missão desde o início. Sabedor que havia um marco definido lá no horizonte, e a cada dia que acordava, Ele chegava mais perto. A Sua jornada, o desenrolar de Sua agenda ‘mundana’, era o caminhar no corredor da morte!

A Cruz estava posta diante dEle ao final, servia como alvo, como marco (aqui Você vai parar). E seria nesse ponto que Ele daria a Si mesmo como clímax, no e pelo amor de Deus.

Para os meros mortais, a morte vem com ‘default’ (pra usarmos terminologia bem tecniquês e moderna). Morrer: sabemos que isso faz parte da nossa existência. Só que há um contraste com Jesus (o segundo homem – nascido do céu). Por sua própria natureza, Ele não teria e não deveria morrer.

No entanto Sua vida que era eterna, tomou o rumo da cruz. A cruz estava lá, pois foi por Ele escolhida. “Ninguém tira a minha vida, eu a dou”. Significa rendição ao caminho que o Mal também Lhe preparava. Mas Ele trilhava esse caminho, não como derrotado, pois o fez por opção. Sua escolha foi de entregar a Si mesmo como sacrifício.

Reclamam por aí de não se entender o sofrimento humano, ou mesmo da dificuldade em aceitar doutrinas mais elaboradas (ou ousadas, ou extremadas). Vá agora tentar entender a morte de Cristo! Aquelas picuinhas são ramelas. Atrapalham a visão do melhor e do principal. A morte de Cristo é central – nuclear e vital!

Leio sobre Bonhoeffer comentando sobre Marcos 8:31-38. Jesus realmente teria que sofrer e ser rejeitado. As Escrituras deveriam se cumprir. Com a rejeição, a glória de ser o Messias é também usurpada! Eu e você (e sem disputa aqui, por favor), fizemos isso com Ele. O levamos ao sofrimento e à rejeição.

Toda a paixão-páscoa é roubada de sua glória! Um vazio total. Na cruz de Jesus temos o sofrimento e a rejeição juntos. É o escândalo da cruz que muitas vezes não entendemos. E pior, ao não entendermos a própria cruz, não entendemos o nosso discipulado!

Na cruz é a solidão, o abandono, o próprio Cristo desamparado. E foi no vazio de Sua solidão, rejeitado e sofrendo, que Ele morreu por nós.

Comments:
Amigo Volney,

vejo que parates de escrever "superficialidades" para se te deteres ao excencial e mais profundo.

Respeito. Muito bom!

Jesus de Nazaré é o cara. Hoje, longe de tudo desfrutando do aconchego de seu Pai. Outrora presente no meio dessa geração corrupta que o maltratou tanto. Hoje, presente ainda, por meio de seu Espírito, Igreja e pequeninos participa, como nós, da tensão existente entre o aconchego e a corrupção e os maltratos.

Aguardemos anciosos o amanhã!
 
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