19.9.08

 

Mudanças

Se no passado a questão de viver era uma coisa simples que nos aguçava como seres humanos, hoje é profundamente complicado. O que era simples se tornou complexo, confuso e multifacetado.*

É possível, e aí me dirijo aos mais velhinhos como eu, que a revolução e a transformação que tanto desejamos para a Igreja  (os círculos evangelicais, evangélicos, ou simplesmente cristãos – whatever) , deve passar – em sua grande parte - por aqueles que uma vez já estiveram em ‘ministérios’ de jovens.

Haverá certamente uma razão – forte e determinante para isso. Mas não entrarei em arrazoados agora.

Os de geração em par, que nos idos 80 (tire um pouco, ou acrescente), historicamente viveram o soprar das para-eclesiásticas (principalmente voltadas para os jovens) terão condições e serão convocados a ajudar no processo de resgate e transformação. Que virá. Creia-me.

São esses que, à semelhança deste, viveram entre admirar Billy Graham e Martin Luther King. Ao primeiro emprestamos reverência e tempo, e nos deixamos influenciar – até inclusive a nos dirigir. Tivemos o nosso tempo e a Igreja obteve certo retorno. Só que chegamos onde chegamos.

Passado pelo menos uma geração, e olhando para trás, percebemos que a pessoa do King fez falta. E que o Billy foi desvirtuado. Não ‘ele’ pessoa, nem sua teologia ou seu ministério. Mas ele, Billy Graham, pelo que representava e representa!

Agora o nosso Martin – o Mártir, morto há quarenta anos, pouco pode fazer. Por isso é que vem o sentimento de vazio. Ao longo do caminho perdemos algo. E a conseqüência está aí.

Creio que eu e você (não olhe para o lado – nos conhecemos a tanto tempo, e nos cruzamos em tantos lugares, ocasiões e ministérios), direta ou indiretamente, vamos ter que nos juntar, colocar a mão no arado e não olhar mais para trás.

Temos muito a fazer!

Como diz nosso intelectual preferido: “I’ll be back!”

*A citação literal não foi traduzida. Eu adaptei mas o crédito é de Woodrow Wilson, provavelmente dita em 1911: “Once—it is a thought which troubles us—once it was a simple enough matter to be a human being, but now it is deeply difficult; because life was once simple, but is now complex, confused, multifarious.”


Comments:
Já pensei assim tb. A geração 70 e 80 que passou por ABU, Vencedores, etc, teria um papel na reforma da igreja, no futuro, quando assumissem o poder eclesiástico, como pastores, diáconos, líderes enfim. Mas não foi isso que aconteceu. Não estou seguro de que ainda vá acontecer. Temos todos mais de 50...
 
Que tirada genial Volney! Tô boba... Que Deus te ouça.

O mais engraçado é que nesses últimos três dias li sobre Martin L. K. Jr. no "Alma sobrevivente" de Yancey e fiquei profundamente impressionado e tocado, pois não conhecia quase nada do homem.

E por falar dessa geração e organizações, qual notícias vcs têm do Marcelo Gualberto da MPC?

Bom fim de semana,

Roger
 
... sabe, tenho uma certa melancolia pelo que não vivi (anos 70/80 estava eu a me esbaldar por aí)e de Billy Grahan só ouvi falar, e do Martin, só por livros, mas nos poucos ultimos 20 anos tenho visto e presenciado muita confusão no meio evangélico, muita gente entortando o que nunca foi torto(o evangelho)e adicionando palavras ao que não aceita mais nenhuma vírgula alguma.
Meu espírito tem fé e crê que um milagre ainda pode acontecer e a igreja assim finalmente renascer em Cristo , mas minha razão me desmente pelos fatos.
Enfim, minh'alma aguarda em oração.
Que suas palavras sejam proféticas!

Apareça de vez em quando lá no meu país !!

saudades
 
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