Este é o espaço dos meus amigos e irmãos. Puxe uma cadeira, um banquinho ou até mesmo pode se sentar no braço da poltrona. Se a vida não fosse baseada em conversas - nós não seríamos humanos. Venha conversar. É esporádica - mas é sincera.
31.10.08
Quinhoar
Verbo pouco conhecido (pelo menos dos brasilheiros), é sinônimo de compartilhar e partilhar.
Vilma me ajuda a me entender. A mim e ao meu exercício de blogar. Ao comentar o post passado, ela vai direto ao ponto: partilhar. Define-se algo, não com palavras, mas com a descrição da ação. A minha ação introduz um novo verbo no cotidiano: 'blogar'.
Este outro verbo - pouco conhecido na praça vai nos ajudar a entender e a dar significado. É o verbo quinhoar. Como conjugá-lo gente? Eu não sabia: eu quinhoo no presente do indicativo ...
Quando blogo, eu compartilho, eu partilho, eu dividido. Quando você me lê, você se torna parte de mim, de minhas angústias, desejos, aflições, sonhos ... um pedaço de minha alma fica com você. E a recíproca cria um círculo virtuoso, pois você comenta, bloga ... também se revela, compartilha. E eu vou lá (não tão frequente, confesso) e leio e recebo e participo ...
Toda essa fragmentação solta e livre no espaço cibernético permite uma nova koinonia. O professor David Weinberg já escreveu sobre isso. E meu amigo Hernani Dimantas explicou bem a transformação desses paradigmas no nosso mundo, aqui (em bom Português).
Ao dizer que a internet (o mundo virtual com as ferramentas de sociabilização, tendo o blog como seu ápice) revela nossa esquizofrenia, é frequente a reação de espanto. Um espanto para o fato de que não somos perfeitos, ou um espanto para a força desse ambiente virtual?
Não sei.
É difícil - diria até impossível - blogar sem que o efeito terapêutico apareça. E junto com a postagem vem a revelação do nosso eu. Não sei o que vem primeiro - se é o tratamento de nós mesmos, ou a exposição. Não sei também, o que é causa o que é efeito.
É fato, que a desordem de nossa alma encontra ressonância no espelho da escrita. Cada leitura de minha própria postagem é um toque de alerta para ser quem realmente sou. Ou para me dizer que sou, aquele que sou!
Há algo diferente e estranho nas nossas expressões. Pelo menos na minha. Me sinto mais integrado (integro, não sei). Me sinto mais espontâneo (extemporâneo - talvez). Me sinto mais autêntico (mais eu mesmo - isso sim).
Vez ou outra vamos nos encontrar nu - do jeito que nascemos. Se de um lado é o estado bruto de nossa concepção, também o é a forma líquida de nossas imperfeições e carências. É alma que procura domar o corpo, muitas vezes por ele dominado.
Enquanto posto, vivo momento de grande expectativa. Não por aquilo que o tempo encerra, mas pelo que desabrocha. Uma contagem rápida me dá dezenas de novos amigos (bem recentes), uma dúzia de projetos para me envolver, o escritório, a carreira profissional, a família ... É muita coisa, E agora um grande desafio à frente.
E é isso que vai nascer que me entusiasma!
Vou compartilhar em breve. Mas por enquanto, fica aqui o meu muito obrigado a cada um que tem vindo aqui me prestigiar com leitura, indicação e até mesmo com um comentário. Minha alma também agradece. Todos nós agradecemos.
Construindo a minha fala - já mencionado aqui - compartilho os pontos principais:
1- Todo atleta antes de mais nada tem que ter paixão. Se ele não gosta do esporte - não vai querer se sacrificar, não terá prazer nos treinos, vai jogar sem o coração.
2- Todo o atleta tem que se preparar. É dedicação aos treinos, observando e aprendendo sobre o jogo. A vida é um contínuo preparo, pois vivem mudando as regras do jogo, introduzinho novidades, mudando o tamanho e até mesmo o formato da bola.
3 - A vida como a bola, reage ao que você faz com ela. Se você bate a bola no chão ou na parede, ela volta pra você ... você pode rolar a bola, passar a bola, deixar ela escorregar ... perder o passe, ou passar antes ou depois do seu companheiro estar no lugar ... A vida é uma bola nos mesmos sentidos: deixar rolar, passar, escorregar, perder, passar errado ...
4 - A bola é para você ter fluência com ela. Intimidade. Assim era com o Garrincha e Pelé. É hoje com o Ronaldinho Gaúcho, foi com o Michael Jordan, é com o Tiger Woods ...
5- A bola como a vida pode ser arredondada. Dependendo de quem joga ou de quem reaja, ela vem-volta quadrada.
6 - O jogo invariavelmente tem tempo cronometrado. A vida mede as coisas, mede o tempo, mede as pessoas, e quer medir o seu sucesso e seu fracasso. Há coisas que valem a pena ser medidas. Há outras que não tem sentido algum. Cuide bem do que é limitado (o tempo) e invista no que não tem limites (conhecimento, criatividade)
Aceito pontos 7 a 10 de sugestão.
P.S. - no Diários, fiz uma postagem dia desses sobre o Bill Russell - lá da décadade ... 1900
A capa acima é do livro que estamos discutindo e resumindo.
Deverei voltar ao tema em breve. Fiquei preocupado, pois como eu fui pesquisar dados adicionais sobre a Ruth Tucker, eu acabei revelando outros livros ainda não traduzidos. O que não é o caso deste que foi lançado recentemente. Também encontrei num site extenso, relatos interessantes sobre a provação que a autora atravessou ao ser dispensada do Seminário em que lecionava. O que fez crescer ainda mais minha admiração por ela. Mas não, sem antes, criar uma mistura na cabeça do querido leitor.
Agora que voces sabem que é verdadeiro (o livro existe!) e que já foi lançado no nosso mercado na nossa língua materna - cabe a voces descobrirem a editora.
Apontando para o pára-choque do ônibus, meu amigo lê os dizeres e pede que eu explique.
- Isso não tem explicação. Talvez para o motorista ou o dono, isso seja mais funcional: serve de amuleto.
- Ah sim ... Mas é uma afirmação estranha. Quem veio com essa?
- Dizem que a origem é da Igreja Renascer. O que já revela a Teologia deles, eu respondo, torcendo para que a conversa se encerre.
- E que raios de Teologia é essa que coloca o ônus sobre Deus, e não sobre as criaturas? Ele me confronta.
- É talvez Freud explique – eu retruco. E começo a elaborar um pensamento.
- Volney, vou dizer o que penso como leigo e cara que não quer saber das coisas de igreja. Isso é uma tremenda palhaçada. Quem tem que ser fiel somos nós. O que Deus é, imagino eu, é Ele e pronto. Se Ele quiser Ele faz o que lhe der na cabeça. Agora nós, do nosso lado não podemos, ou não poderíamos agir assim. Até porque se você parte dessa idéia, de que Ele é fiel, então significa que você não precisa ser fiel. E se você for infiel ou fiel – tanto faz – o que o homem acaba fazendo é corpo mole e cair na infidelidade – certo?
- Certo, eu acho que ...
- Então, esse negócio de desviar a atenção do foco do problema, que somos nós: eu, você, eles ... passamos a mirar em Deus. Deus não é a solução desse jeito. Deus é um álibi. Esquecemos de olhar para nós, com os nossos defeitos e imperfeições, e ficamos numa boa, e colocamos nas costas de Deus - já que Ele é fiel, e pode carregar o nosso pêso. Você me entende? E assim Ele vai manter a fidelidade, porque essa característica de Deus ...
- Atributo, eu interrompo.
- ... esse atributo dEle, é um salvo conduto. E eu, como homem, ser humano - seja por atributo,ou por malandragem do homem, eu não vou tocar na questão moral da minha fidelidade. A não ser que ...
- A não ser o que? - pergunto eu muito incomodado com a sua contundente análise.
- A não ser que venha o chaveco da grana. Aí passamos da contrapartida daquilo que queremos que Deus seja - no caso Deus é fiel, condicionante: se! Para exigir do rebanho fidelidade financeira. Eles dizem: 'se você entrar com a grana'. E é nesse momento que eles explicam as letrinhas pequenas do contrato. Eles dizem: você vai ter que ser fiel na grana, porque senão, eu não posso segurar o Homem lá em cima, para continuar sendo fiel! Você percebe o nó?
Meu prato da semana foi Fé e Descrença - O Drama da Dúvida na Vida de Quem Crê, de Ruth Tucker, publicado recentemente pela Mundo Cristão. Mantendo o alto padrão de acabamento, excelente tradução (Almiro Pisetta) e um tema extremamente propício para os dias de hoje, será um título em prologanda demanda. Diria até que vem tarde, pois deveríamos estar discutindo a questão da fé, da dúvida e da descrença há mais tempo.
O livro tráz por si alguns méritos.
Primeiro a autora é professora de História da Igreja e das Missões. É uma excelente pesquisadora, extremamente inquieta e fuçadora. Compartilha grandes descobertas e coloca à luz, temas e testemunhos de cristãos de renome do passado que vascilaram ou até mesmo abandonaram a fé. O título original em Inglês é esse: Abandonando a Fé. E o que ela propôs, fez bem - entender um pouco mais o que é isso (abandonar a fé) e o que devo fazer para revigorar e me proteger dos perigos que me levariam a isso.
A autora se vale portanto de sua facilidade em transitar por biografias, colocando-nos numa certa intimidade com personagens reais - homens e mulhers de destaque no ministério e na história da Igreja, que tiveram de lutar com provações, crises pessoais e mesmo com a perseguição religiosa (incluindo-se tortura e martírio).
Esclarecimento! Me identifiquei com a coragem de Tucker. Ou melhor a falta de, que deve ser quase nula, como a minha. Creio que se submetidos a algum tipo de tortura física, um de nós dois seria recordista em abandonar a fé. Tenho paúra total a qualquer tipo de abuso ou castigo físico - incuindo-se nessa categoria meus relacionamentos com dentistas e podólogos. Mas essa auto confissão de acovardamento, por parte da autora, cai por terra ao conhecer um pouco mais os detalhes a evolução de sua biografia - o que mencionarei mais adiante.
Um segundo mérito é a forma clara e despreendida com que ela coloca o assunto na mesa. Citando nomes, e fazendo até inferências. O cristão é um cristão-humano (homem e mulher) e sujeito aos problemas e dissabores que a vida nos encaminha. A maneira como encaramos esses vales pode realmente levar alguns de nós a esquecermos o bom Pastor do Salmos 23. Ao longo de minha própria peregrinação, ouvi histórias distantes de quem abandonava a fé - alguns de maneira extrema e radical, outros de maneira furtiva e dissimulada. E à medida que os cabelinhos brancos apareceram, vi no meu próprio círculo pessoas de meu relacionamento que também deixaram de confiar plenamente no Salvador.
Pessoalmente consigo encarar as provações a que estou acostumado - diga-se de passagem, que são várias e contundentes. São provações domesticadas: situações difíceis e trabalhosas, mas que aprendemos a conviver e com elas lutar. Mas se tivesse que enfrentar outro tipo de situação, que não sejam essas, não sei não. Eu oro a Deus que me livre delas. Por isso respeito com muita humildade e serenidade a reação que os outros tem àquelas coisas que acontecem a eles, que pessoal e intimamente só eles sabem e só eles sentem! E é esse tipo de ferida que a professora Ruth vai escarafunchar e fazer o leitor deixar bem resolvido com Deus. Quando vier, se não é que já veio!
É chocante os relatos de muita gente (séria e honesta), que faz questão de divulgar suas histórias pela internet. São pessoas feridas e desencanadas que abandonaram o aprisco da fé. Em alguns casos a autora faz questão de colocar as respostas (tipo amigos de Jó). Tem tudo a ver com o que comentei no post sobre a Juliana - a loura herege lá no Pavablog, antes mesmo de ler o livro!
Outro mérito é que ela não propõe 'passos' ou 'how-to' para nunca se perder a fé. Exatamente por causar frustrações em quem quer uma fórmulinha ou uma leitura superficial - é que o livro é valioso. Na parte final, tomei o cuidado de grifar algumas citações, e não sei como é que a Bete vai encarar essas ênfases, mas é anterior á minha promessa de separar o livro para ela. Ou seja Bete, não estou mandando recadinho pra ninguém - a não ser para mim mesmo ...
E por final, quero destacar um quarto mérito, que é o tom pessoal e intimista que a autora utilizou. Conta histórias pessoais - e a que mais lhe marcou: a trágica morte da mãe num acidente besta de carro. Outro episódio interessante, numa sala de aula de estudantes de teologia, por duas semanas ela coloca diante de seus alunos, Deus no banco do réu. Foi, para ela uma das mais importantes experiências na sua vida docente.
Há nisso tudo uma grande esperança que se descortina no meio editorial brasileiro. Primeiro que a cada novo texto que é traduzido, somos mais impelidos a fazer nossa lição de casa para prover e estimular produções nacionais. Creio que a internet está sendo um grande celeiro de autores, que já tem em destaque o verbo no formato digital. Somos impelidos porque aprendemos com esses bons autores que o caminho (trabalhoso mas não impossível) pode e deve, efetivamente passar por três dos ingredientes que vemos nesse texto: 1) a escolha de um tema relevante e pertinente ao nosso tempo; 2) relato pessoal - sincero e aberto; 3) pesquisa básica com leituras e conversas. E em segundo lugar, que as portas para 'outros' autores estão escancaradas - a começar pelos católicos Chesterton, Nowen, Merton, Manning ...
Deixo uns trechinhos para apetecer:
Ela inicia citando Parker Palmer - The Courage to Teach (entre aspas): "Tenha paciência com tudo o que não está resolvido em seu coração. [...] Tente amar as próprias contradições. [...] Não procure agora as soluções, que não podem ser aplicadas porque você não seria capaz de as viver. [...] Viva as contradições agora". Do ponto de vista teológico, o mistério, o paradoxo e a incognoscibilidade de Deus são compesados pela auto-revelação divina nas Escrituras.
Mais adiante nesse mesmo capítulo: Reconhecer e admirar a Deus como mistério - em oposição ao Deus definido por fatos e provas - pode ser um passo importante para resolver problemas de dúvida e descrença. A ausência e a natureza oculta de Deus só fazem sentido no contexto do mistério. Mas enfatizar o mistério é um caminho perigoso, advertiu-me recentemete um apologista evangélico muito conhecido: na opinião dele , isso tinha um certo sabor de misticismo oriental. Talvez sim. Mas, na contemplação do mistério, eu estou ao lado de uma longa tradição de pensadores cristãos - inclusive J.H.Bavinck, grande missionário e evangelizador que sinceramente confessou seu medo, sua angústia e dificuldade de misturar o Deus Desconhecido com Aquele que lhe dirigiu a palavra em Jesus Cristo.
Mais adiante, falando daqueles que abandonaram a fé e se redescobriram depois no retorno à fé - Ruth dá destaque a algumas mulheres (como é de se esperar) e finaliza o testemunho delas assim: Elas abandonaram a fé de sua infância e voltaram com percepções novas, sempre conscientes de sua vulnerabilidade. Elas estão lutando para ver sentido na vida, sentido na fé, sentido no reino de Deus neste mundo. Sua luta e seu desafio são os meus, e elas me estimulam a avançar na peregrinação da fé.
Por final, como prometi, relato que essa mulher, a quem aprendi a admirar em tão poucos dias (disse até que havia me apaixonado platonicamente), é mulher de muita fibra. Me envergonharia diante de sua corajosa luta contra os gigantes que ela (sozinha como mulher) teve de enfrentar.
Alguns anos depois de ter escrito esse livro (e não creio que seja por ele - a Ruth é autora de quase uma dúzia de títulos), ela passou por um processo extremamente estressante de re-enquadramento como professora do Calvin Seminary - uma escola de forte tradição Reformada Holandesa (e machista pois das mulheres em posição de destaque a Ruth era a única). Esse processo todo de 'vai-não-vai' continuar a dar aulas, foi uma verdadeira senda de provação,que culminou com seu desligamento do quadro de professores da Instituição em agosto de 2006. Se você lê Inglês, tem mais detalhes aqui. Tudo isso faz dela uma vitoriosa. E do meu lado, envio-lhe minha admiração.
“Invocar Deus como um aliado num processo de decisão, especialmente quando outras pessoas estão envolvidas, pode ser manipulativo, e equivale a abuso espiritual quando a pessoal que utiliza esse recurso como sanção está numa posição de autoridade espiritual. Eu recentemente, ouvi uma pessoa que teria de dar más notícias, iniciar sua fala com: ‘tenho gasto muito tempo em oração a este respeito’, assim implicando que o julgamento que anteriormente fora injusto, de certa forma teria sido sancionado por Deus.” (*)
Usar o nome de Deus (em vão), em conversas e relatos pode ser um dos mais poderosos instrumentos para a manipulação, disfarce, falsidade, acobertamento e abuso espiritual.
Deixe-me ilustrar. São conversinhas do tipo:“Deus me disse ao orar ontem”; “Deus falou comigo”; “Eu sinto que é da vontade de Deus”; “Vamos analisar melhor para ver se realmente é assim que Deus quer”; “Eu tenho certeza de que este é o jeito de Deus para fazer a coisa”.
Parece bruxaria, pois é uma senha (ou uma sanha?) o simples mencionar do nome de Deus (em vão) e assim revestir a fala numa áurea que protege o ‘boca grande’ de crítica ou questionamentos. E mesmo que o cara já tenha uma certa autoridade eclesiástica - isso é abuso! E pior - consagra a fala com um peso espiritual, e na 'mão grande' toma posse de uma carta branca, fazendo-lhe estar em nível igual ou superior ao próprio Deus.
- - -
P.S. - Estou amando outra mulher. E ela é casada. Seu nome Ruth Tucker, autora de Fé e Descrença da Mundo Cristão. Recebi das mãos de Pavarini um exemplar – pedi que ele me emprestasse, mas ele se recusou alegando o que eu mesmo já havia lhe alertado aqui. Ele não é Idiota. Então me presenteou. Vou falar sobre esse livro que li de quinta pra hoje de manhã (sábado). E a respeito da autora – com quem platonicamente me apaixonei com muito respeito e reverência.
O século XXI será das mulheres cristãs. Serão elas que salvarão a nossa fé! Viva Mrs. Tucker!!
Obs * – Extraído do livro God Talk – de Ruth Tucker, ainda não traduzido.
Os gringos tem um têrmo muito comum entre eles, mas difícil de ser traduzido. Trata-se do 'wishful thinking' - que descreve um jeito ingênuo e demasiadamente otimista para com uma dada situação ou mesmo em relação ao futuro. No caso das eleições americanas - eu pessoalmente não creio ser pertinente usar o têrmo para as mudanças que ocorrerão, caso se confirme a vitória de Barak Obama.
Isso eu digo (e escrevo) por ser muito diferente de Esperança. Essa palavra foi escolhida pelos marketeiros de Obama, para juntamente com outra palavra chave: Mudança, ser muito mais que mote de sua campanha à Casa Branca. E parece-nos que o seu uso e seu efeito está realmente eletrizando os eleitores americanos. E nós, observadores internáuticos de todo o mundo, acompanhamos o clima com muita atenção e ... esperança!
Ao divulgar uma das 50 ilustrações do candidato Democrata, ontem aqui no blog - estava querendo chamar atenção ao fato de que ele é a imagem da Esperança. Um tipo de matéria prima que constrói significado ao ser humano. Assim como a liberdade, a esperança é essencial para se viver dignamente. Para se olhar para o futuro de maneira serena, sabendo que podemos envelhecer e enfrentar a fase mais aguda de nossas vidas com uma certa altivez e confiança.
Salvo engano, Obama será eleito daqui a 11 dias. Falei pelo MSN com um grande amigo na California ontem, e ele me disse que se não houver o voto envergonhado e enrustido (para não dizer preconceituoso) o cara passa a mão na taça.
A minha esperança é que eu possa ver e assistir em vida a atuação de um grande estadista em seu desafio diante de um mundo de pernas pro ar. Que alcance feitos e realizações, e contribua de maneira equilibrada, porém não menos profunda e contundente, para que vivamos um pouco mais tranquilos. Esta é a minha oração.
Enquanto o helicóptero desce no prédio vizinho, fazendo toda aquela barulheria, compartilho uns dados interessantes que me foram passados pelo Steve Knight (ele se auto denomina um Jornalista do Reino):
- 1% das pessoas mais ricas do mundo acumulam a riqueza equivalente a 57% das mais pobres.
- D0s 6,2 bilhões de habitantes, 1,2 vive com menos de US$1,00 ao dia e 2,8 com menos de US$2,00 ao dia.
Recebo uma convocação para falar aos atuais alunos de minha antiga escola. Bem na verdade não é uma convocação-convocação. Foi uma solicitação por voluntários. Como estou sempre pronto para dar (palestras), então fui logo levantando a mão e me oferecendo.
Me ajudem agora com o recado. O título da postagem é o mesmo da palestra-dinâmica. Vou falar pra molecada o que aprendi com a bola e não vou poder ficar estático!
E acho que será interessante fazer um 'link' (gostaram?) do basquete que é um jogo de equipe com a vida e a carreira profissional e os desafios pessoais.
Pensei na analogia da bola porque é redonda, dá voltas como o mundo. A bola repica de volta para a sua mão. É possível pega-la mesmo quando lançada em velocidade.
O basquete - que foi o meu jogo (sabe o joelho, nos dias atuais, não colabora ...), tem um objetivo primordial: fazer a cesta. Você depende dos seus companheiros. E dá uma série de vocábulos (podemos dizer que algo composto (?) é vocábulo?) que nos ajudam a entender e a resolver questões do dia a dia como: pivô, corta luz (ou corta-luz), bandeja, enterrar, defesa por zona, finta, substituição, reserva, titular, visão periférica, assistência, cestinha, jogando contra o relógio, administrando a vitória ... vixi(!) - quase dou a palestra inteira para vocês dois.
Não deixe morrer a paixão por seguir Jesus. Não importa o que houver, não importa o que sentir, não importa o momento. Nada, nada, nada pode esmorecer o seu amor por Jesus. Mantenha-se perto, ritmo forte, caminhar apressado, foco intenso, e coração explodindo. Sempre.
Siga o mestre, com carinho, com ardor, com força interior. Siga o mestre no acordar, ao longo do dia, e ao deitar. Faça seu amor valer. A sua adoração tem que ser real e verdadeira, em ação, mais do que palavras. Não se importe com o que – diga o que disser, seja com amor e apaixonado. Paixão pelo mestre, e em ser seu seguidor.
Mantenha o seu primeiro amor, como primeiro amor. O calor, a intensidade, o ímpeto e a energia para segui-lo em todos os momentos, em todas as situações e com isso torna-lo real e verdadeiro na sua vida e no seu círculo.
Olha para Jesus, ache-O nas páginas da suada Bíblia. Recomponha-se com Ele. Manifeste-se a Ele.
Não deixe morrer a paixão por seguir Jesus!
# posted by Volney Faustini @ 12:28 PM 10 comments
18.10.08
Você diria amém?
Oração do Pastor Arnold Conrad que já serviu na Grave Evangelical Free Church em um dos comícios para o candidato Republicano em Davenport
Há milhões de pessoas ao redor do mundo orando para o seu deus – seja ele Hindu, Buda ou Alá – que o oponente [de McCain] ganhe, por uma série de razões. Ó Senhor, eu oro para que Tu mantenhas a Tua própria reputação, porque eles irão pensar que o seu deus é maior que Ti, se isso acontecer. Eu oro então para que Tu intervenhas e honre o Teu nome em tudo que acontecer de hoje até o dia da votação.
Vivemos numa época com um padrão-conteúdo Neo Testamentário desesperançosamente muito baixo, mas com uma religiãozinha legal.
- Martyn Lloyd-Jones:
Peguei o próximo livro de Frank Viola Reimaging Church, nos pedaços que dá para ler diretamente da internet em Inglês, e compartilho com você.
Ele começa assim:
Uma revolução está sobre nós, tanto na teologia como na prática da igreja.
Seu argumento é que há, por parte de muita gente, um sentimento generalizado (cristalizado?) de que a Instituição se tornou ineficaz e sem mérito bíblico.
E, penso eu aqui - e me valendo de Eistein que disse ser loucura querer obter resultados diferentes utilizando o mesmo processo, de que a revolução virá pelo bem ou pelo ... bem. Ou seja se não houver voluntariedade de todos, haverá daqueles que realmente se preocupam e são do bem. E isso é sério. Ou seja uma ruptura poderá acontecer num futuro próximo.
Será que os pastores, os líderes-leigos, oficiais, conselhos, eminências pardas, coroneis eclesiásicos, e outros decisores - será que eles tem a mínima idéia do que está para acontecer?
E o mais incrível de tudo é que o movimento dessa revolução pipoca de maneira espontânea, natural e com uma força genuína e no Espirito, que vai deixar muita gente mais do que surpresa.
Só para esclarecer, o autor da frase de abertura (do livro e do post) é considerado um dos grandes bastiões da fé cristã do século passado. Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) foi ministro da Capela de Westminster por mais de 30 anos.
Lá do fundo do baú, trago à memória a parábola do menino que gritava por socorro. Para mim, é a primeira em lembrança, e com certeza a mais marcante. Invariavelmente contada por nossas mães, nos alertando para não brincar com coisa séria - e no fundo sermos verdadeiros. A vida assim exige da gente.
Como sabemos, após brincar na beira da praia, por três a quatro vezes gritando por socorro, quando veio de fato a necessidade de que alguém lhe salvasse, ninguém lhe atendeu. E o fim do afogado já sabemos. Creio que é uma historinha universal. Salvo engano.
Bush tem tudo a ver com o líder infantil. Utilizou a sua cota de autoridade para sacar a descoberto, perdeu o moral em mentiras, e por aí vai ... não estou fazendo análise política. Mas que em tudo ele se assemelha ao menino que brincava de socorro - isso sim é uma boa análise.
Me dá arrepios. A falta de auto crítica, de senso de ridículo. E agora com o cinismo - só para manter a pose. É muito difícil engolir toda essa situação, uma verdadeira tragédia que atingiu a todos nós, e ainda mais sabendo que trata-se de um ... digamos, irmão.
Tenho visto as cenas, destes últimos dias em meio à crise, em que quanto mais o Bush aparece, falando e prometendo, e explicando, e tentando acalmar - enfim, pior fica o mercado, mais a bolsa desce, mais forte se torna a própria crise.
Não coloco esperanças exageradas em Obama. Torço, e oro - pelo meu bem, de meus familiares, e de meus amigos que me visitam aqui, e para o resto do mundo também. Se ele - Obama - for o estadista que esperamos que seja ... o mundo vai estar melhor. Assim como todos nós. Os Estados Unidos ainda é uma grande nação e permanecerá por mais um tempo. A despeito de erros e desvios. Se tiver a liderança certa - beleza!
A lição prática é a da minha atuação como líder: Estou sensível às críticas? Percebo sinais quando as coisas não vão bem? Estou sendo coerente com o que falei, assumi e me comprometi no passado? Sou verdadeiro? Procuro de maneira despretenciosa o melhor para os outros? Não manipulo, não engano, não faço jogadas?
Não é preciso ser político ou presidente de empresa para atender ao chamado da liderança. Somos chamados à liderança em situações rotineiras e simples. Nos nossos ambientes e em nossas casas, somos chamados a ser líderes. Para um, dois, ou para milhares. Temos, ao longo do dia, de vestir nosso boné de capitão (no bom sentido). E muitas vezes tropeçamos como fazem os políticos e os chefes empresariais. Herrar é umano.
Mas, se optamos por um caminho de excelência e de profundidade, não podemos e não devemos nos limitar ao básico, ao comum, à média. E aí sim, podemos superar - nossos erros e limitações.
É esse desafio que pessoalmente estou vivendo e tenho procurado compartilhar com vocês. Há um chamado claro e direto para fazermos a diferença. Pelo menos para mim. Ainda mais no mundo de hoje tão carente de líderes - de fato e de verdade. E que pode ser eu, e você ... e tantos outros a atender essa demanda. Eu já vesti a carapuça.
Creio que temos um grande espaço a ocupar. E líderes de verdade é o que precisamos.
Falando em família cristã - acerca do nosso dileto irmão, presidente dos Estados Unidos:
In 2000, we elected a president who claimed he believed God created the earth and who as president, put car manufacturers and oil company's interests ahead of caring for that creation. We elected a pro-life Republican Congress that did nothing to actually care for pregnant women and babies. And they took their sincere evangelical followers for granted, and played them for suckers.
Traduzindo:
Em 2.000 nós elegemos um presidente que dizia crer que Deus havia criado a terra e como presidente, colocou as indústrias de automóveis e as empresas petrolíferas à frente dos interesses do cuidar da criação. Elegemos um Congresso Republicano que era a favor da vida [contra o aborto], mas nada fez de verdade para cuidar das mulheres grávidas e seus bebês. E fizeram pouco caso de seus sinceros seguidores evangélicos, tratando-os como idiotas.
Crítica feita por Frank Schaeffer em fevereiro, quando ainda não se tinha decidido por Obama como o candidato apontado pelo partido Democrata.
Estou mais do que convencido que precisamos articular esforços e vontade. Há uma batalha acontecendo – e aceitar a realidade é render-se ao inimigo. O verdadeiro cristão tem como missão transformar o seu mundo, o seu pedaço, a sua realidade. Trazer o Reino para o hoje e o aqui.
Orar: "seja feita a Tua vontade, aqui na terra como nos céus."
Eu e mais 800.000 internautas fãs do Brabo, pensamos como o cara que escreveu os 10 piores hábitos de blogueiros (a seguir em Inglês), e - argh ! - exatamente por causa do primeiro hábito. Acertamos na medalhinha de São Monásticus (aparentemente só um pecadilho em dez):
Bloggers who don't enable comments on their blogs. (Blogueiros que não ativam o comentário)
Bloggers who rarely produce original content, instead simply aggregating links to other blogs that I already read. (Blogueiros que raramente produzem algo original, colando de terceiros)
Bloggers who spend more time blogging about blogging than anything else.(Blogueiros que blogam sobre o ato de blogar)
Bloggers who are FontBitches and don't care. (Blogueiros que sacaneiam nas fontes e não dão a mínima)
Bloggers who don't provide any "about me" info on their blog, or pointers to it elsewhere on their site. I like to know more about the people I'm reading. (Blogueiros que não revelam quem realmente são, nem usam links para seus perfis)
Bloggers who don't provide a blogroll. (Blogueiros que não apresentam uma lista de outros blogs)
Bloggers who post excuses for not posting. I don't care if you're busy today. If you're not posting, fine. I'll just assume you had other things to do. (Blogueiros que ficam dando desculpas porque não postaram. Não me importa se estiveram ocupados. O fato de voce estar ausente é revelador e basta)
Bloggers who react but rarely act. Commenting on what other people say or do is interesting, but I'm annoyed by folks who never seem to have original material. (Yes, this is like #2 but it's not quite the same.) (Blogueiros que reagem ao invés de agir. Só comentar não basta, precisa ter matéria original - sim, é semelhante ao nº 2 mas diferente)
Bloggers who don't provide obvious RSS links for their blog. Yes, I know that RSS auto-discovery is great, but not all tools do it. (Blogueiros que não acionam o RSS para linkar com seus blogs)
Bloggers who have TrackBack but don't use it.(Blogueiros que tem o TrackBack mas não usam)
Peguei no emmerging tsr and o link original é do Zawodny.
P.S. - Não me pergunte o que é TRACKBACK (faltei nessa aula).
Pelos preceitos da religião judaica, entrar no Santo dos Santos e com isso na presença de Deus, haveria de se feito com muito cuidado pois havia todo um ritual a ser observado. A própria Arca que representava a manifestação de Deus, não poderia nem ser tocada diretamente.
Com o advento maior através de Cristo, o acesso foi agraciado a todo aquele que crê. Já postei sobre o Evangelho Código Aberto, aqui, terminando aqui.
O risco é a de se ter uma dimensão vulgar no significado que a presença de Cristo pode trazer. É meio que banal - uma resposta pronta. Mas tê-lo frente a frente, e em fé ousar ao que se crê, ao que se propõe - aqui me parece está a chave.
Como evangélicos fomos acostumados (poderia até ser adestrados) a resolver tudo com clichês. "Ora que passa", "entregue tudo e confie", "nada que um bom jejum e oração não resolva" ... São fórmulas simplistas diante de situações complexas. A psicologia está ligadona na alma humana, e a superficialidade de algumas respostas só nos levam de volta para a porta de entrada. Enfim ficamos sem saída.
Há que se ter o cuidado, pois até no falar "sim" a Jesus, podemos cair em mais um chavão - e haja repertório em nosso gueto! Por isso, se soubessemos o verdadeiro significado de uma resposta afirmativa, de um levantar de braço, de um voto, não seríamos tão levianos. Fomos advertidos pelo Mestre a esse respeito.
Hoje mais uma vez, respondo com clamor pela presença (já dada e prometida) dEle. Mas não me basta de direito, ou seja na teoria. Precisa ser de fato: na prática.
Creio que realmente o Evangelho é sobre mudanças. A maturidade, a espiritualidade, a fé e o crescimento é sobre mudança. O discipulado são as mudanças interiores. E hoje mais do que nunca, preciso ter coragem para abraçar as mudanças na minha vida. E diante dEle ter a vergonha, o respeito, o compromisso de pegar no arado e não olhar para trás.
Tem sido uma luta nestas últimas semanas. Aconteceram mudanças e eu tenho que fazer um monte de coisas sozinho. Não que eu não esteja acostumado. Mas é queos paradigmas estavam mudando e eu gostaria que tivessem se concluído.
Perguntado no blog do Frank Viola o que é dizer SIMa Jesus – e fui eu lá comentar agora de manhã. Com a consciência meio aliviada (consegui tirar um monte de coisa da frente antes das 9) e meio com angústia-ressaca de ontem à noite,
É que ontem passei por (de novo) pela crise da disciplina que tentei compartilhar e depois acrescentei - mas ainda sei que não consegui me expressar em pleno. Hoje de manhã minha atitude estava bem melhor. Comparado à ontem estava 'superb'. À tardezinha e à noite eu trabalhava, fingia, patinava, e não saia do lugar – ficando com aquele sentimento de vazio ...
Mas hoje acordei mais motivado. E descansado apesar do sono curto. E estava pensando como que o crescimento pessoal, a maturidade se relaciona com a espiritualidade no sentido de sintonia com Deus e estar bem (numa boa) diante dEle. Creio que é isso que os mais extremados biblicitas não entendem ou não conseguem trazer uma resposta ou uma contextualização para a vida. Tudo é visto pela ótica reducionista da santidade e da Palavra ... Ou da radical simplificação: entregue tudo ...
Pois o que estava na minha mente (antes de ler o desafio do Frank) era justamente isso: o que tem a ver minha angústia de ontem com minha espiritualidade? Nunca me senti (na história desse País) tão compromissado e comprometido com o Reino, com a minha família e com Deus. Então?
Pensei em motivação, e na disciplina (de novo). Do trabalho - no sentido de conclusão, ou seja performance. Eu sei - o ócio criativo...
Mas não se trata - no meu caso - de crise de protestante. Cheguei hoje (como tenho chegado) antes das 7:00 hs e tenho saído depois das 20 horas. Weber que o diga se estou ou não estou sendo ‘ético’!
E aí? Creio que o que me falta – e aí sim tem a coisa prática, é continuar a dizer SIM para Jesus para vir e tomar meu lugar. E dize-lo de uma forma e jeito ameno, amigo, afável. Que Ele seja minha Fonte, minha Razão. Que Ele seja eu. E que seja Tu, aqui e agora.
Imagino-me por pouco tempo na atual condição. Difícil me é fazer do silêncio (e com ele solidão) ao longo do dia, como rotina companheira que se prolonga. E se repete, se repete. Prefiro o barulho da agitação, da intensidade de energia no ar, e o risco indelével da dispersão externa, ao sossego do isolamento. Salvo wishful thinking, será por pouco tempo.
Para quem tem ambientes tumultuados, há truques, jeitos e maneiras para você se alimentar do e no silêncio. Ontem, por exemplo, estava no escritório antes das 6 da manhã - nem os guarda-noturnos estão acordados. Há os inícios de noite também (mas aí já o cansaço pega). Esse recolhimento é essencial e você pode torná-lo real em lugares e em tempos próprios. A madrugada é um celeiro. Mas que esses momentos sejam por opção e não compulsórios.
Uma das coisas, que nesses tempos modernos faz diminuir o sentimento de isolamento, bem como vem – a bom tempo, aplacar a fúria da impessoalidade, da frieza dos negócios e do duro resultado das engrenagens da ganância e do poder lhe moendo, é a amizade. E para melhor usufruir os amigos, conte com a tecnologia.
Foi via email que combinei o almoço, por celular confirmamos o local, via cartões acertamos a conta em máquinas sem fio, e através do twitter nos congratulamos (primeiro o Adiron e depois eu). Em seguida manifesto no blog, para em seguida dialogar no comentário, sem antes aproveitar para fazer mais um link e depois outro.
Noite dessas vou abrir o vinho que me foi presenteado – Safra Especial Adiron (está lá no rótulo!), e vou brindar à nossa amizade.
E saiba caríssimo amigo leitor, também vou lhe saudar pois me alegro com suas visitas e é claro com sua amizade.
Decorridos trinta e quatro anos, ainda é forte e direta a conclamação do Pacto de Lausanne. Como cristãos, o que temos feito para que isso seja real?
Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
Extratido do Artigo 5 - A Responsabilidade Social Cristã (parcial)
Agora lhe pergunto: o que podemos esperar do homem enquanto criatura dotada de tão estranhas qualidades?
Faça chover sobre ele todos os tipos de bençãos terrenas; submerja-o em felicidade até acima da cabeça, de modo que só pequenas bolhas apareçam na superfície dessa felicidade, como se em água; dê a ele uma prosperidade econômica tamanha que nada mais lhe reste para ser feito, exceto dormir, comer pão-de-ló e preocupar-se com a continuação da história mundial - mesmo assim, por pura ingratidão, por exclusiva perversidade, ele vai cometer algum ato repulsivo.
Ele até mesmo arriscará perder o seu pão-de-ló e desejará intencionalmente o mais depravado lodo, o mais antieconômico absurdo, simplesmente a fim de injetar o seu fantástico e pernicioso elemento no âmago de toda essa racionalidade positiva.
Dostoieviski
(in O Livro das Citações - Eduardo Giannetti - Companhia das Letras)
E não é que o Domenico de Masi caiu no meu colo na terça à noite! A gente tinha falado nele e dele, por recomendação do Brabo. E eis que via internet assisti o homem aqui em terras brasilis, diretamente de BH - uai!
Bem, como se trata de algo mais do trabalho, eu detalhei as tiradas dele num posto específico, aqui no Espicaçando. Dá uma olhandinha lá.
Umas de suas tiradas: Os homens trabalham em excesso, não porque gostam de trabalhar, é que detestam suas casas (!!!). Quando não tem trabalho após o expediente, inventam reunião de negócios.
Se pudessemos dar a Dom Robinson Cavalcanti apelidos (respeitosamente), seriam Luta e Compromisso. Convivi mais a miude com ele nos fins da década de 80, um pouco em função da minha também proximidade a Caio Fábio e à Vinde e seus congressos.
Nas oportunidades em que ele vinha para São Paulo, ou mesmo nos congressos, eu procurava estar junto. Havia uma cumplicidade de 'missão' - no meu caso, via Revista Kerigma (de saudosa memória). A bandeira erguida era bem em sintonia com o Pacto de Lausanne e com o Evangelho Integral (pregar a todo o homem, ao homem todo) - ênfases essas, hoje meio esquecidas e relegadas a terceiro plano.
Via Pavablog temos visto e acompanhado uma série de posts, escrita por ele, retratando as décadas passadas e colocando um pouco mais de cor no que estávamos (como Igreja) acertando.
Isso dá o tom de sua luta. E de seu compromisso. Sugiro que você pegue o link da última postagem de "Quando os Crentes davam certo", aqui. Em seguida volte para o início da série que é por demais importante, para os compromissados e que estão na luta.
"Sempre gostei de gente, de estar com pessoas, de promover a alegria e o bem estar. Sempre gostei de rir - de mim mesmo, dos fatos engraçados da vida, e da ilimitada capacidade humana de tornar dificil e complexo o que é fácil e simples."