8.8.07
Eclesiastes XXI
A vaidade é um buraco. Um vazio. E o homem a leva consigo pensando ser preciosa carga. Sua companhia, ele pensa, me sustenta, me dá sentido, me faz ser homem.
A vaidade é um abismo. Uma imensidão escura. E iludido por sua importância, crê o homem que ali jaz sua sombra. É minha esta grande sombra, ele pensa, ela se esparrama como meu poder se espalha.
A vaidade é uma distância. Um abandono do porto de partida, a perda total de referência, a jornada incessante rumo ao nada. A falsa liberdade do ‘eu sou eu’. Quanto maior, mais longe estou. E longe permanecerei.
A vaidade é minha barriga, minha pose, meu sorriso. Eu me acho, e quero que os outros me achem. E que ninguém duvide. E que ninguém tire seus olhos de mim.
Todos são mais fracos que eu – desprezo-os todos, olhando-os por cima. E, se alguém ousar se rebelar contra a ordem das coisas, dou-lhe minhas costas.
A vaidade é um ídolo. Alimenta minha alma e me seduz. Não quero acordar – minha vida é um sonho. Dopado em meus sentimentos, nela permaneço. Sou mais que um homem. Sou a própria vaidade!
A vaidade é um abismo. Uma imensidão escura. E iludido por sua importância, crê o homem que ali jaz sua sombra. É minha esta grande sombra, ele pensa, ela se esparrama como meu poder se espalha.
A vaidade é uma distância. Um abandono do porto de partida, a perda total de referência, a jornada incessante rumo ao nada. A falsa liberdade do ‘eu sou eu’. Quanto maior, mais longe estou. E longe permanecerei.
A vaidade é minha barriga, minha pose, meu sorriso. Eu me acho, e quero que os outros me achem. E que ninguém duvide. E que ninguém tire seus olhos de mim.
Todos são mais fracos que eu – desprezo-os todos, olhando-os por cima. E, se alguém ousar se rebelar contra a ordem das coisas, dou-lhe minhas costas.
A vaidade é um ídolo. Alimenta minha alma e me seduz. Não quero acordar – minha vida é um sonho. Dopado em meus sentimentos, nela permaneço. Sou mais que um homem. Sou a própria vaidade!