7.3.09
O Caminho para o Monastério
Há muitos que tentam em vão adentrá-lo. Não fisicamente, propriamente dito. Quer na alma, ou mesmo em pensamento - mergulhar pelo alto, numa imaginação fluída. Como em tempos de Peter Pan, quem sabe navegando à noite.
Ou de mais circunspecto caráter, ar espiritual de monge-evangelista. O olhar revela anseio por aprender e rapidamente se desfigura debaixo do impacto de algo mais profundo, inovador aos padrões cartesianos. Os lábios trêmulos como que pedindo posso me achegar?
Ele continua lá na sua toada - um voto de silêncio com gritos ensurdecedores de seus textos primorosos, construídos pela mais perceptível experiência de ter visitado o profundo da alma genéricamente humana. Dedicado e no compromisso de um estudioso recluso, acorda já disparando seu canto como um galo brioso. Serve aos mortais comuns de norte, de inspiração e de despertar - por que não?