28.6.08
Hollywood nos faz crer em Deus!
Há dois mitos que atuam fortemente em nossa cultura ocidental. Uma vez que ambos estejam colocados lado a lado – veremos como eles se destroem mutuamente.
O primeiro mito é de que a maldade é um estado psicótico – uma manifestação doentia. O filme “Quando os fracos não tem vez”, celebra em seu anti-herói assino a figura impar de um matador frio e calculista que não mede esforço nem limite para dar vazão a seu instinto. Ele liquida as faturas – compromissos pessoais que nada tem a ver com honra, paga monetária ou vingança. É puro deleite e determinação.
O outro mito é que o Diabo nos prepara o Inferno, e cuidará de quem merecer estar com ele – como se lá fosse a sua moradia. Desta vez, para quem assistir “Antes que o Diabo saiba que você está morto”, com mais uma soberba interpretação de Philip Seymour Hoffman, fica evidente que há no homem um motor inato que o leva à maldade – e isso não é nenhuma doença ou desvio de caráter.
Todo o contexto da vida de dois irmãos que se perdem num ato de loucura e confundidos por uma série de surpresas, foi construído na total normalidade. A normalidade da vida (na seqüência: educação, carreira e casamento), levou os dois irmãos a posições distintas, que, no entanto se convergem intensamente numa hora de crise. O resultado é uma trapalhada total que culmina com o pai cometendo um pecado maior.
Como a normalidade nos leva à insanidade do crime? poderia ser uma pergunta sutil para desmantelar meu argumento inicial. Não há insanidade no subterfúgio de mentiras, pequenos roubos e brigas familiares. Esses atos menores brotam de uma raiz comum, porém efetivamente maligna – o coração humano.
O Diabo não tem interesse na alma do anti-herói de “Quando ...”, até porque ele representa o mal pelo mal – e não o mal pela insanidade psicótica. E o psiquismo doentio dos personagens de “Antes ...” tirados do cotidiano - é no fundo o nosso mal em total evidência. Nem Diabo, nem doença. Tratemos o mal como de fato ele é.
Comments:
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O maior problema que vejo sempre acontecendo ao meu redor, é o fato de nós, seres humanos ( falhos e pecadores ) estarmos sempre culpando o diabo por nossos próprios delitos.
Temos o mal por companheiro de nossa natureza e é subjulgando-o dia a dia que podemos caminhar por uma semelhança a Cristo. Nunca se sabe de onde ele virá, do ódio, da amargura, da ansiedade, da TPM, de traiçoes ou decepções, mas ele sempre está a porta e nem sequer precisamos abri-la para ele entrar, pois já tem a chave...cabe a nós, apenas expulsá-lo.
super abraços
Temos o mal por companheiro de nossa natureza e é subjulgando-o dia a dia que podemos caminhar por uma semelhança a Cristo. Nunca se sabe de onde ele virá, do ódio, da amargura, da ansiedade, da TPM, de traiçoes ou decepções, mas ele sempre está a porta e nem sequer precisamos abri-la para ele entrar, pois já tem a chave...cabe a nós, apenas expulsá-lo.
super abraços
Alice
Como diz um amigo: O diabo tem costas largas, e o homem faz questão de se esconder atrás dele ...
Grato por sua sempre ativa participação por aqui. Suas poesias continuam inspiradoras! Sempre.
Como diz um amigo: O diabo tem costas largas, e o homem faz questão de se esconder atrás dele ...
Grato por sua sempre ativa participação por aqui. Suas poesias continuam inspiradoras! Sempre.
outra questão relacionada é aquela apresenta da por Jesus de q 'se matarmos o irmão em pensamento, somos tão pecadores qto quem comete um crime.'
lógico q isso só corrobora com a idéia de q o mal nasce no coração do homem.
mas o q faz mal é o 'q sai de sua boca'.
bem e mal os temos. da mesma fonte.
Jesus nos alertou sobre esse 'pqno' problema.
joão ali
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lógico q isso só corrobora com a idéia de q o mal nasce no coração do homem.
mas o q faz mal é o 'q sai de sua boca'.
bem e mal os temos. da mesma fonte.
Jesus nos alertou sobre esse 'pqno' problema.
joão ali
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