4.6.08
Cristianismo Código Aberto - 4
O processo de abertura do código inicia-se no discípulo, ao atender o chamado de Jesus:
"Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me."
Ali está a revelação do mistério de Deus - o próprio Deus encarnado, feito homem - deixando as bases claras e transparentes para o início de uma jornada espiritual, livre da religião e aberta totalmente para o Pai. Não há floreios, não há estrategemas vendedores, não há subterfúgios. O que se tem de maneira direta é o discurso bruto e realista: negação de si, tomar o instrumento de maldição e tortura (antes dEle te-lo feito!) e com a viga transversal nas costas segui-lo.
Se é figura de linguagem, então é bem pior do que imaginamos. Pois no campo da natureza física entendemos a negação momentânea - quantas vezes não me fingi de morto, quer para depois dar o bote ou me revelar como de fato sou? Essa negação momentânea é traiçoeira, artificial e hipócrita.
Já na conclusão da metáfora - há que se ir à uma profundidade absoluta. Negar a si mesmo é dar adeus ao fechamento humano que fazemos dos outros, de nós mesmos e de Deus. Negar a si mesmo é dar lugar a Deus. Cristo reinando e sendo Senhor em nós é o princípio da espiritualidade aberta a Ele, e dEle para nós. Como poderá uma casa sobreviver a dois senhores? Impossível dividir esta morada central. Negar-se a si mesmo, é uma morte em si mesma. Mata-se o fechado para nascer o aberto.
A negação de si mesmo, é o contraponto da escravidão e do fechamento para a vida. Manter-me fechado comigo mesmo, à minha natureza e à ausência de Deus em mim, é morte. Escravidão e morte. Negar-me o meu eu, é liberdade, é fazer-me aberto para Deus. Aberto à revolução interior e aos efeitos que essa transformação pessoal vai trazer.
Tomar a cruz - diferente de se optar pelo caminho do sofrimento ou estar disposto a encarar as agruras da vida como conseqüência de ser discípulo de Cristo, é mais profundo. É radical - de ter o seu nascedouro na raiz. Somente pela morte de Cristo é que encontramos a paz com Deus. E somente com a nossa identificação em Jesus (morto na cruz) é que passamos a ser agentes dessa paz. A paz tem a ver com abertura. A guerra, a revolta, tem a ver com fechamento.
Siga-me, é o que vai caracterizar o cristão - à semelhança dEle, imitando-o, sendo igual a Ele, pois cedemos a nós mesmos para que o caráter de Deus nasce em nós e dê fruto em nosso viver diário. O fruto do Espirito é código aberto. É agregador, é de beleza, é de vida. Seguir ao Mestre é entender com clareza a missão que temos de transformar o mundo (não por nossa força - que seria fechado) mas pela força do amor e da compaixão. Seguir ao Mestre é valorizar e fortalecer a transformação pessoal (individual).
O discípulo ao seguir o Mestre, após ter sido abraçado e tocado por sua graça, inicia a novidade de vida debaixo do manto da liberdade, da paz e da transformação. E sua missão passa a ser de promulgar essa mesma abertura que um dia abraçou e que hoje lhe dá sentido à vida.
"Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me."
Ali está a revelação do mistério de Deus - o próprio Deus encarnado, feito homem - deixando as bases claras e transparentes para o início de uma jornada espiritual, livre da religião e aberta totalmente para o Pai. Não há floreios, não há estrategemas vendedores, não há subterfúgios. O que se tem de maneira direta é o discurso bruto e realista: negação de si, tomar o instrumento de maldição e tortura (antes dEle te-lo feito!) e com a viga transversal nas costas segui-lo.
Se é figura de linguagem, então é bem pior do que imaginamos. Pois no campo da natureza física entendemos a negação momentânea - quantas vezes não me fingi de morto, quer para depois dar o bote ou me revelar como de fato sou? Essa negação momentânea é traiçoeira, artificial e hipócrita.
Já na conclusão da metáfora - há que se ir à uma profundidade absoluta. Negar a si mesmo é dar adeus ao fechamento humano que fazemos dos outros, de nós mesmos e de Deus. Negar a si mesmo é dar lugar a Deus. Cristo reinando e sendo Senhor em nós é o princípio da espiritualidade aberta a Ele, e dEle para nós. Como poderá uma casa sobreviver a dois senhores? Impossível dividir esta morada central. Negar-se a si mesmo, é uma morte em si mesma. Mata-se o fechado para nascer o aberto.
A negação de si mesmo, é o contraponto da escravidão e do fechamento para a vida. Manter-me fechado comigo mesmo, à minha natureza e à ausência de Deus em mim, é morte. Escravidão e morte. Negar-me o meu eu, é liberdade, é fazer-me aberto para Deus. Aberto à revolução interior e aos efeitos que essa transformação pessoal vai trazer.
Tomar a cruz - diferente de se optar pelo caminho do sofrimento ou estar disposto a encarar as agruras da vida como conseqüência de ser discípulo de Cristo, é mais profundo. É radical - de ter o seu nascedouro na raiz. Somente pela morte de Cristo é que encontramos a paz com Deus. E somente com a nossa identificação em Jesus (morto na cruz) é que passamos a ser agentes dessa paz. A paz tem a ver com abertura. A guerra, a revolta, tem a ver com fechamento.
Siga-me, é o que vai caracterizar o cristão - à semelhança dEle, imitando-o, sendo igual a Ele, pois cedemos a nós mesmos para que o caráter de Deus nasce em nós e dê fruto em nosso viver diário. O fruto do Espirito é código aberto. É agregador, é de beleza, é de vida. Seguir ao Mestre é entender com clareza a missão que temos de transformar o mundo (não por nossa força - que seria fechado) mas pela força do amor e da compaixão. Seguir ao Mestre é valorizar e fortalecer a transformação pessoal (individual).
O discípulo ao seguir o Mestre, após ter sido abraçado e tocado por sua graça, inicia a novidade de vida debaixo do manto da liberdade, da paz e da transformação. E sua missão passa a ser de promulgar essa mesma abertura que um dia abraçou e que hoje lhe dá sentido à vida.