11.4.08

 

PV e o Manassés


A foto acima é do Acampamento Palavra da Vida. Foi gentilmente surrupiada do Thiago Smir do fotolog dele, que está cheio de imagens mais recentes do 'vale encantado'. Dê uma sapiada aqui.


Há cerca de 50 anos, Harry Bollback e Harold Reimer vieram para o Brasil como missionários, e se embrenharam no Alto Xingu. Logo em seguida eles vieram para São Paulo e abriram a primeira filial do Word of Life Youth Camp. Escolheram Atibaia e junto com outras pessoas visionárias e comprometidas construíram um local de encontro para que milhares de jovens passassem suas férias escolares. Situado num vale, cercado por mata da Serra da Mantiqueira, uma linda cachoeira e um sinuosa estradinha vindo da Rodovia Fernão Dias, o Acampamento foi literalmente palco de histórias interessantíssimas de minha juventude.

Foi lá que conheci pessoas que impactaram a minha vida e me ajudaram a forjar sentido e direção - numa perspectiva cristã. Ali que brotou a semente que me faz (ainda hoje - pela Sua graça) manter-me focado nas coisas do Reino. Conheci e fiz muitos amigos, também.

E foi lá que aprendi a ser um pouco mais palhaço (já era desde criancinha) e a levar a vida meio na flauta (será sempre assim, mesmo quando perder os dentes). Estou ansioso por rever alguns dos bons amigos e amigas dessa época. Quem sabe conseguiremos juntar aos poucos os jurássicos da PV, Conjunto Vida, Alvo, Passarinhos, Escolas Dominicais e afins, juntamente com agregados - porque a vida soma muito (apesar das subtrações acontecerem aqui e acolá).

Dentre uma das boas coisas que ainda trago na memória foi aquele domingo à tarde em que cumprimos a promessa de visitar o Manassés em sua casa, num distante bairro da Zona Leste. Isso era início dos anos 70 e não tinha a Radial nem a Marginal como hoje conhecemos. Mas fomos pra lá em caravana. Uns quatro carros, com instrumentos musicais e muita disposição. Manassés (preciso notícias dele - alguém tem??), sempre muito simples e limitado, mas de excepcional coração não era levado muito a sério.

Seus sonhos se confudiam com a realidade, e a criação de desejos quase sempre terminava em decepção e tristeza. É um pouco (ou muito) da alma do brasileiro. Ninguém acreditou que dois dias antes o Arlindo tinha ligado confirmando a visita. Seria mais um de seus delírios ...

Ao apontarmos os carros na sua rua - ele que desde cedinho não saira do portão de tão ansioso que estava, ficou num misto de extâse e paralisia. Saiu do portão e se trancou do lado de fora, ao mesmo tempo em que dava pulinhos de alegria. Alguns dos céticos vieram à janela e com cara de amargo arregalavam os olhos pois o pessoal da zona Sul, os irmãos mais sofisticados haviam chegado. A singeleza da situação mexeu com todos nós e voltamos pro outro lado da cidade já à noitinha com uma satisfação incontida.

Lembrando dele, resolvi por minha conta chamar a todos aqueles que de forma direta ou indireta fizeram parte dessa tchurma, de amigos do Manassés!

Comments:
Volney, quando abri teu blog hoje e vi a foto do Acampamento, meu coração deu um salto, literalmente!
Como aquele lugar e as pessoas que por lá passaram nos anos 60/70 foram importantes na minha vida! Que boa esta homenagem ao Manassés que com certeza foi amigo marcante nas vidas de todos nós! Gostei de viajar no tempo ao ler teu post!Parabéns, primo! Neli
 
Quem gostava de falar mal do Manassés era o Billy Graham. Tenho uma ou duas histórias que envolvem o Haroldo de modo cômico, mas guardarei comigo. De fato o acampamento PV é muito bonito. Quando olho essa foto me vem a mente a figura do Waldemar Fomin e suas serenatas. Nossa, quanta nostalgia.
 
Fiz parte do PV, onde conheci, entre outros, você!
Mas, não me lembro do Manassés. Talvez tenha surgido depois que deixei de frequentar o PV...
Volney, você era um grande palhaço. Os outros eram mais baixos... he, he, he.
 
Neli, cuidado para não exagerar a década ...

Lou, você era da época das serenatas? O Fomin realmente tinha uma voz e tanto.

Rubinho, mano véio das épocas de PV - o Manassés é um pouco depois de sua época. Ainda bem que havia palhaços maiores, he he he
 
Ok, vamos especificar:
De 67 a 72,rsrsrs
 
Conheci o Waldemar, na verdade, na estância, durante um seminário para famílias. Estive no Acampamento várias vezes, mas bem depois do seu tempo, claro.
 
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