15.4.08
Fé e Luz
- Eu estou por dentro e voces por fora. Ponto!
Pelo sim ou pelo não, prefiro dar um tempo. Sem otimismo e sem pessimismo. Um tipo neutro, assim meio irremediavelmente estável. Não tenho noção de nada. Zero. Zilt. Nulo. Mas, todavia, contundo... a intuição me diz a ficar na minha... Não troco isso por aquilo. Prefiro o presente ao daqui a pouco. E por favor – parem com essa ansiedade. Uma falta de respeito com a minha individualidade que não tem tamanho!
- Nem pensar. Não saio daqui de maneira alguma.
Não me importa essa escuridão mórbida. A ausência de futuro. O presente eterno. Ouço o que ouço, como um bate-estaca incansável, ecoando por sobre mim, por sobre as águas, por sobre os ritmos, por sobre todas as experiências de êxtase e euforia que o mundo lá fora pode sentir.
- Ainda não está na hora. Eu pronto de jeito maneira. Podem esperar sentados. Ou melhor, deitados. Não esperem por mim!
Será que posso questionar pelo menos? Duvidar? Será que não estamos sendo otimistas demais. Uns ousados pela ingenuidade, e outros inocentes úteis como joguete na mão dos poderosos? Cumprir o tal do meu papel neste mundo é uma tremenda irresponsabilidade. Fiquem vocês do lado de fora, na torcida, na espera, na festinha ensaiada. E eu na minha ignorância total, sem saber de nada, tudo pra aprender. Tem alguma pegadinha aí. Só falta estarem filmando!
- Eu sei que não é hora, pô! Peraí.
Esse negócio de ‘nós iremos’, ‘nós seremos’... Conversa boa para boi dormir. Esse ‘eu’ majestoso fica bem em discurso de Rotary. Eu tô bem acordadinho e tô sacando tudo com antecipação. Freudianamente carregarei comigo esse lance de ‘calma’, de ‘tá tudo bem’, e o pior de todos: ‘vai dar tudo certo’!
- Não! Pô, sacanagem. Mas ... mas, quem deixou a água sair?? Que grita geral é essa aí? Apaga essa luz.
Nascer é um ato de fé.
- Gracinha é a tua mãe!
- Nem pensar. Não saio daqui de maneira alguma.
Não me importa essa escuridão mórbida. A ausência de futuro. O presente eterno. Ouço o que ouço, como um bate-estaca incansável, ecoando por sobre mim, por sobre as águas, por sobre os ritmos, por sobre todas as experiências de êxtase e euforia que o mundo lá fora pode sentir.
- Ainda não está na hora. Eu pronto de jeito maneira. Podem esperar sentados. Ou melhor, deitados. Não esperem por mim!
Será que posso questionar pelo menos? Duvidar? Será que não estamos sendo otimistas demais. Uns ousados pela ingenuidade, e outros inocentes úteis como joguete na mão dos poderosos? Cumprir o tal do meu papel neste mundo é uma tremenda irresponsabilidade. Fiquem vocês do lado de fora, na torcida, na espera, na festinha ensaiada. E eu na minha ignorância total, sem saber de nada, tudo pra aprender. Tem alguma pegadinha aí. Só falta estarem filmando!
- Eu sei que não é hora, pô! Peraí.
Esse negócio de ‘nós iremos’, ‘nós seremos’... Conversa boa para boi dormir. Esse ‘eu’ majestoso fica bem em discurso de Rotary. Eu tô bem acordadinho e tô sacando tudo com antecipação. Freudianamente carregarei comigo esse lance de ‘calma’, de ‘tá tudo bem’, e o pior de todos: ‘vai dar tudo certo’!
- Não! Pô, sacanagem. Mas ... mas, quem deixou a água sair?? Que grita geral é essa aí? Apaga essa luz.
Nascer é um ato de fé.
- Gracinha é a tua mãe!
Comments:
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Boa, Volney!
E tem uns ainda que dão uns tapinhas pra obrigar o cara a chorar... vá bater na vovozinha! procure alguém do teu tamanho!
E me deixa voltar pra onde estava...
E tem uns ainda que dão uns tapinhas pra obrigar o cara a chorar... vá bater na vovozinha! procure alguém do teu tamanho!
E me deixa voltar pra onde estava...
Muito bom Volney, brilhante! Apreciei mt a relação do medo, da incerteza ao se nascer. e ao mesmo tempo da crítica ao otimismo tosco que se falam por aí...
Abração
Fique na Graça
Abração
Fique na Graça
Rubinho, é isso mesmo, ainda mais quando tiram o rebento pra longe da mãe.
Sant'Alice e São V - sempre bem vindos e bem apreciados os comentários.
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