10.11.07

 

Sempre acho que devo, preciso e posso fazer algo a mais. Fazer pelos outros, pelos amigos, pelos novos conhecidos, outras pessoas – as jurídicas inclusas. Como voluntário ou como profissional. Pareço quase sempre um motor que sobe de giro muito rapidamente. Envenenado, nervoso. Estou sempre pronto a colocar minha energia para um próximo desafio. Eu me alimento de desafios. Estou sempre pronto a assumir responsas e riscos.

Há distinções claras entre os papéis de Marta e Maria, e há valor na postura de cada uma. Mas não é o ativismo que está na berlinda. A preocupação é outra e tem dimensão estratégica.

Basta eu ler uma manchete de jornal, assistir uma reportagem no jornal da noite, ter um tempo livre para rascunhar um papel, ou um singelo estímulo via email ou comentário neste blog ... Explode a ignição dos neurônios com a alma apaixonada.

Longe de querer me arvorar. Sou extremamente raso no quesito amor. Falta muito. Sou o menor dos irmãozinhos. É só pela graça.

Acho que as oportunidades do passado foram bençãos. Em frente fui, vi e venci. Mas é isso mesmo: no passado. Sei de minhas qualidades, do certo talento que tenho e até das habilidades (competências na moderna linguagem da administração) pra determinadas coisas. E incluo aí a facilidade incrível de me relacionar com pares e impares. Mas por que então me vejo dando voltas no deserto? Por que a saída para Canaã me escapa?

Quem sabe é o kronos versus o kairós?

Mas voltando ao motor, às explosões e aos desafios. Basta estar acordado. É a posição ON da chave. Se em sonho, é a posição STAND BY. Isso é uma droga me alimentando a alma, me viciando e fazendo ferver minha adrenalina.

Veja como tem sido a minha vida. No dia a dia, as coisas evoluem em projetos, idéias e possibilidades. Após a visita a um potencial cliente, germinam pontos a enriquecer uma proposta – é um exagero. Tenho vários projetos engatilhados, uns na cabeça, outra bem delineados só que na gaveta, outro na internet, outro esperando o calendário virar 2008, outro com o pessoal da Confraria ...

Soma-se a tudo isso as recentes oportunidades de expressão para e no Reino, por escrito e falado ampliando minha abrangência pública.

Mas mesmo quando estou na passividade, por exemplo, ao longo do sermão de domingo, a mente vai a mil. Ou por exemplo, no lazer de hoje à tarde, com minha cara metade. Assistindo ao filme Leões e Cordeiros logo me identifico com o professor (papel desempenhado por Robert Redford), que quer por que quer, desafiar e mentorar o aluno-destaque.

“Você é bom com as palavras, mas seus argumentos carecem de paixão” – ele retruca no duelo que travam Experiente e Precoce. O professor quer mais do que ensinar, sua realização está noutra esfera. Mas a realização da sua dedicação está ali à sua frente: multiplicar-se na vida de um mais jovem.

Como acertar no equilíbrio descanso/pró-atividade; fé e descanso/atuação e persistência?
Acho que tem a ver com a altura da órbita em que a nossa realização navega.

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