12.9.07

 

O Momento


O relógio é grande. Enorme. Não consegue dizer as horas. Está emudecido pelo tempo, pelo cansaço, pelo desleixo. Ele me diz que está na hora de mudar. Mudo, me diz: mude!

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O Brasil está empatado. Não é o jogo de futebol. É a situação.


Esta é uma situação e tanto. Empata-roda, trava-perna, corta-músculo, fecha-frente, para-cérebro. O que dizer? O que fazer?


O senador Renan não guarda mágoa. Nobreza. Sutileza. Safadeza.

Brasil ... Meu Brasil brasileiro ...

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Ofegante, peço instruções. A direção é certa, mas estou atrasado. Na verdade o evento terminou, mas não me importo. Sabia que não chegaria a tempo. Só não posso perder o protagonista.

Mais uns passos e lá estou.

Cheguei no amém – digo com o riso amarelo e cumprimento o primeiro conhecido. Ele nota a minha presença, o ambiente está calmo, e eu estou agitando o pedaço com minha chegada, com minha interrupção, com minhas falas, minhas tiradas, minhas defesas que baipassam a timidez.

Falo com um misto de entusiasmo, reverência, naturalidade e tentando pegar na veia para dar continuidade ao bate papo. Não me diga – ele me responde. Todo destrambelhado rasgo o plástico que protege o livro. Soletro as letras com naturalidade – o meu nome é difícil em qualquer língua, e estou acostumado a faze-lo desde os 12 anos de idade (em português e inglês). Aí é sua vez. Sua Montblanc é básica mas é Montblanc. E ele assina: Os Guinness.

Comments:
Pelo resumo que li no Tempora, ou ele contemporizou ou os caras não entenderam nada. Você devia estar lá desde o começo para conferir a tradução. O tradutor não era confiável, nesse caso.
 
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