29.11.06
Vícios e Virtudes
"It has been my experience that folks who have no vices have very few virtues."
Abraham Lincoln
Pegar citações avulsas é sempre muito perigoso. Não são suficientemente fortes para se construir um argumento - qualquer argumento. Mas ajuda-nos como sinaleiras ou lembretes. Servem inclusive como campainhas que nos acordam de nossa letargia ou insensibilidade.
Comumente eu uso uma (é uma favorita) para demandar uma atitude ou uma ação: "É melhor um fim com escândalo do que um escândalo sem fim."
Há outras que servem como gancho - para enfatizarmos um princípio e ligarmos a continuidade de nossa construção argumentativa. Muitas vezes trazemos um personagem na conversa e o colocamos figurativamente na sala para usa-lo como escada. Escada é a forma que os artistas descrevem quem dá apoio para que a estrela se destaque ao pegar carona na fala e assim subir no gosto do público.
Desconfie portanto de quem se diz muito santo. Coloque suas barbas de molho (ou vá dormir de toca) quando alguém se gaba de sua falta de vícios, se diz imune a determinadas tentações, se coloca acima ou superior a nós meros mortais.
A condição humana, com nossa limitação e impotência frente aos grandes desafios da humanidade, só serve para realçar ainda mais nossa pequenez, nosso estado caído e nossa necessidade de redenção. O mal entrou no mundo e distorceu tudo. E agora impregnado habita em todos os lugares ... e somente Deus para nos livrar dele.
É por isso que eu amo essa cruz!
Créditos da ilustração
Espresso Vivace
1512 11th Ave
Seattle WA 98122
Permanent Mural Installation
Kurt Werner
Comments:
<< Home
Verdade.
O contrário também.
Kali Gibran conta a história de um rei, cuja filha morreu por sua culpa. Ele, arrependido, fez um grande enterro e, durante todo o trajeto, gritava e chorava: "Minha culpa!!! Ela morreu por minha culpa!!!
Contudo, quem reparasse bem nos olhos do monarca perceberia, por trás das lágrimas, orgulho por ser tão penitente...
Postar um comentário
O contrário também.
Kali Gibran conta a história de um rei, cuja filha morreu por sua culpa. Ele, arrependido, fez um grande enterro e, durante todo o trajeto, gritava e chorava: "Minha culpa!!! Ela morreu por minha culpa!!!
Contudo, quem reparasse bem nos olhos do monarca perceberia, por trás das lágrimas, orgulho por ser tão penitente...
<< Home
